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quarta-feira, 22 de junho de 2011

FALA POVO - Aquecimento Global, Sustentabilidade. Já Encheu o Saco!

A gente pergunta
Treze artistas respondem à pergunta feita pela revista MTV: Todo esse papo de aquecimento global e sustentabilidade já encheu o saco? Leia o que eles pensam

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Fonte: Revista MTV - 06/2007
Planeta Sustentave: Atitude - FALA POVO

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rio de Janeiro - Lei contra sacolas plásticas beneficia meio ambiente e consumidores

RESENDE

Um ponto a favor do meio ambiente vem sendo observado nos supermercados de Resende. Placas avisam que está sendo colocada em prática a Lei das Sacolas Plásticas, em vigor desde o ano passado, para evitar o uso das famosas “sacolinhas” que demoram 100 anos para se decompor. A Lei de nº 5.502 dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no estado do Rio de Janeiro, como forma de incrementar a reciclagem e a proteção ao meio ambiente fluminense. Conforme o item I do artigo 3º da mesma lei, o estabelecimento ainda dará desconto de R$ 0,03 para cada cinco itens comprados ao cliente que não usar saco ou sacola plástica.

Em Resende, dos principais supermercados localizados nos centros comerciais da cidade, três estão cumprindo a lei. Em dois destes já acabaram as sacolas de tecidos colocadas para venda aos clientes interessados. “Já vendemos todas as sacolas de pano. Colocamos também placas de incentivo ao meio ambiente, falando dos danos que o plástico traz” contou Adevalnei Décio da Silva, gerente de um supermercado no Centro.

No bairro Manejo, o gerente de outro supermercado, Antônio Pereira, explica ainda que o programa dos caixas do estabelecimento já está adaptado à lei para fazer o desconto aos consumidores que não utilizarem sacolas plásticas. “No fechamento da compra, o computador já faz a pergunta da opção de desconto pela lei contra as sacolas plásticas ou não, e, caso sim, ele automaticamente calcula o valor a cada cinco itens” explicou Antônio, lembrando ainda que a sacola plástica é um material que custa caro para os supermercados, e que as caixas de papelão também são oferecidas aos clientes como opção para evitar os sacos plásticos. “A caixa de papelão para nós é um incômodo, mas para os clientes é útil para ajudar a carregar as compras, além de ser de fácil reciclagem” acrescenta o gerente.

No supermercado do bairro Manejo, as sacolas de tecido custam R$ 6,99 e, segundo o gerente, suportam o peso de até 20 quilos. Em outro supermercado as sacolas de pano custam R$ 2, 99, mas alguns consumidores não estão satisfeitos com o material.

“Compramos três sacolas de tecido para ajudar ao meio ambiente, porém não tem como ajudar porque as três arrebentaram e hoje estou utilizando sacolas plásticas” reclamou Gisiane Cristine acompanhada por Francisco Quaresma, que sugeriu que as sacolas de pano sejam maiores também para que caibam todos os itens comprados.

Segundo o inciso 1º do artigo 2º, da Lei 5. 502, “entende-se por sacolas reutilizáveis aquelas que sejam confeccionadas em material resistente ao uso continuado, que suportem o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral”, prescreve a lei que determina a responsabilidade dos estabelecimento no fornecimento das sacolas reutilizáveis.

O Iça - Instituto de Solidariedade à Criança e ao Adolescente reaproveita material de outdoor para fabricação de bolsas. A venda ajuda a manter os projetos sociais da instituição.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Marketing Verde

Acompanhando a tendência mundial de valorização do meio ambiente, muitas empresas estão investindo no chamado marketing verde. Os mais apreciados pelo consumidor estão aqueles que envolvem o tema consumo consciente.

É neste contexto que vimos colocar a sua consideração os nossos serviços de confecção de sacolas ecológicas personalizadas.

É importante salientar que os conceitos de ecologia, sustentabilidade e principalmente de consumo consciente aparecem na mídia todos os dias. Jornal do Almoço, Rádio Atlântida, Zero Hora e outros meios de comunicação expõem e incentivam o uso das sacolas ecológicas em suas programações.
  • 57% das grandes empresas brasileiras possuem algum projeto ambiental - Instituto Akatu 2005.
  • O Brasil está entre os países mais sensibilizados com o tema sustentabilidade - Ibope 2008.
  • 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente - Revista Época 2008

A competição das empresas pela consciência verde

21/07/2008 - 16:57 - Atualizado em 16/04/2009 - 16:40
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente
JULIANA ARINI E THAIS FERREIRA
Julio Bittencourt
CONSUMIDORA CONSCIENTE
Paula Canoletti com uma bandeja de cogumelos orgânicos em um supermercado. Ela diz que foi convencida por seu filho adolescente
Foi uma calça jeans de R$ 300 que despertou a publicitária Paula Canoletti para a questão ambiental. Ela entrou em casa e foi mostrar sua nova aquisição para o filho de 15 anos. Quando disse que era uma marca muito legal, ele rebateu: “Mãe, essa marca salva baleias, golfinhos ou protege animais em extinção? Se não faz isso, não é uma marca legal”. A crítica soou como um chamado para Paula repensar seus hábitos de consumo. Hoje, ela não faz mais compras por impulso. Também separa o lixo para reciclagem, compra produtos livres de agrotóxico e busca informações sobre o que coloca no carrinho de supermercado. Apesar de estar longe do perfil clássico de consumidor verde, disposto a boicotar os produtos que não são ambientalmente corretos, ela é um exemplo da mudança que está ocorrendo no perfil dos compradores brasileiros.
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente. O instituto é responsável pelos primeiros levantamentos nacionais sobre a relação entre consumo e as responsabilidades sociais e ambientais das empresas. “O que era um nicho de mercado hoje é uma exigência”, afirmou o diretor do Akatu, Hélio Mattar. O consumidor nunca teve tanto poder. “Ao fazer boas escolhas, nós influenciamos uma cadeia de indústrias e fornecedores cuja política ambiental determina o futuro da vida no planeta”, diz Mattar.
Hoje, quase todos os produtos que encontramos em uma prateleira de supermercado possuem algum argumento verde. É o pão produzido com cereais orgânicos, a caixa de bombom com papel que não desmata florestas, o lenço de papel que ajuda a preservar Fernando de Noronha, a pasta de dentes que financia a conservação da Mata Atlântica ou a lata de atum que foi pescada sem matar golfinhos. Existe até uma disputa entre a tábua de cortar carne feita com eucalipto de reflorestamento e outra opção, de madeira de árvores nativas retiradas de forma não-predatória. Como escolher? À medida que as opções se multiplicam, o desafio do consumidor é não se perder em uma nova selva de promessas verdes.
Vender uma boa imagem ambiental virou um negócio para as grandes redes varejistas. Um exemplo disso foi o lançamento de uma parceria entre a rede varejista Wal-Mart e a ONG Conservação Internacional (CI), na semana passada. Desde 2005, o Wal-Mart investe nas lojas próprias e seleciona os fornecedores para reduzir o impacto no meio ambiente. O engajamento ambiental da empresa surgiu quando o diretor da CI, Peter Seligmann, convidou o presidente do conselho de administração do Wal-Mart, Rob Walton, para pescar no Pantanal, aqui no Brasil. A amizade com Walton ajudou o ambientalista a conseguir uma reunião com o atual presidente da empresa, Lee Scott. “A neta de Scott havia acabado de nascer”, diz Seligmann. “E ele estava em um momento de repensar seu papel no mundo, principalmente em relação à questão ambiental e ao futuro que deixamos para nossos filhos e netos. Isso mudou a empresa.”
O Wal-Mart pretende zerar a produção de
lixo em suas lojas e usar só energia renovável
Hoje, o Wal-Mart tem as metas ambientais mais ambiciosas do mercado. Eles querem zerar a produção de lixo em suas lojas e ter supermercados abastecidos só com energia renovável. No Brasil, já existem duas lojas com esse padrão, ambas na Região Sul do país. “A política do Wal-Mart sempre foi de redução de custos. Hoje, pagamos mais por produtos ambientalmente corretos”, diz o vice-presidente da rede, Steve Dacus, enquanto anunciava a parceria com a CI. “Décadas atrás, isso seria uma heresia para nossos diretores. Mas hoje os próprios consumidores nos mostram que é o único caminho”.
Outras redes varejistas estão seguindo essa tendência, como o grupo brasileiro Pão de Açúcar. A empresa vai inaugurar em junho sua primeira loja verde, com reciclagem de lixo, menor consumo de energia e uma seleção de produtos ecologicamente corretos. A rede francesa Carrefour também quer melhorar sua imagem ambiental. Eles dizem que estão rastreando alguns produtos de seus fornecedores para eliminar práticas que causem prejuízos ecológicos.
Essa onda de compras com boa consciência ambiental surgiu para suprir uma demanda materna. O sociólogo inglês John Elkington, uma das maiores autoridades mundiais em sustentabilidade empresarial e fundador da consultoria Sustainability, foi um dos primeiros a desvendar essa história. “Os pioneiros surgiram na década de 80”, diz. “Eram mulheres divididas em dois grupos. Primeiro, as mães de filhos pequenos preocupadas com o futuro deles. Depois, mães de adolescentes que começaram a questioná-las sobre o que compravam.” Uma história muito parecida com a de Paula Canoletti.


Julio Bittencourt
INSPEÇÃO
Ota (ao centro) na central de embalagens de uma produtora de cogumelos. Ele fiscaliza as práticas ambientais das empresas para o selo orgânico do Instituto Biodinâmico (IBD)
As mulheres ainda representam 67% desse público, mas, hoje, o perfil do consumidor consciente mudou. Segundo Elkington, os compradores têm mais informações e questionam mais as empresas. Nos países desenvolvidos, as pessoas são muito ativas em premiar e punir as empresas. Nos Estados Unidos, cerca de 50% das pessoas estão dispostas a boicotar produtos com um passado ambiental ou social suspeito. “Além disso, o movimento foi além das fronteiras tradicionais da Europa e da América do Norte. Outras regiões do mundo, como Japão e Brasil, passaram também a ter grupos organizados de consumidores”, diz.
Os brasileiros estão mais conscientes quando compram. Cerca de 75% dos consumidores nacionais sabem que têm o poder de influenciar nas decisões das empresas. Mas apenas 24% estão dispostos a questionar os produtores diretamente ou boicotá-los. Os dados são da pesquisa do Akatu. O instituto também descobriu que os brasileiros acreditam cada vez menos no marketing verde e social. Caiu de 50% para 39% a taxa de pessoas que confiam na veracidade das ações ambientais e sociais promovidas por empresas. “É um alerta. O consumidor está mais atento”, diz Mattar.

Como explicar a desconfiança dos consumidores? Primeiro, existe uma dificuldade em desvendar os rótulos dos produtos. Isso acontece devido à mistura de falsas promessas com informações reais. “Eu quase comprei um produto que se dizia natural, acreditando que era orgânico”, diz Paula Canoletti. Ela afirma que vasculhou o rótulo, em busca de algum certificado de orgânico ou selo de procedência, e não encontrou nenhuma indicação. “Vi que era falsa propaganda”, diz. Outro engano comum é induzido pela presença do símbolo de reciclagem que acompanha algumas embalagens. “Isso significa que o recipiente pode ser reciclado. Mas nada garante que isso ocorra de fato”, diz Lisa Gunn, gerente de informação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). “A reciclagem depende de fatores como a coleta seletiva dos municípios e as condições da embalagem descartada.” Outro engano comum são as autodeclarações feitas por empresas. “Existem algumas latas de atum com informação de que a pesca ocorreu sem a morte de golfinhos. Mas não há nada que ateste isso. A empresa não foi auditada por um terceiro”.

Fonte: Época - Ciência e Tecnologia

segunda-feira, 9 de maio de 2011

II Feira de Sustentabilidade e Cultura

A II Feira de Sustentabilidade e Cultura da FTC Feira de Santana séra realizada nos dias 11 e 12 de maio no campus da faculdade situado na Rua Artêmia, S/N bairro SIM tendo como objetivo a exposição de empresas e projetos em stands, promovendo a reflexão e o empreendodorismo baseado nos pilares da sustentabilidade. A Sacola Prática participa do evento, agregando os conhecimentos adquiridos para fomentar a formação acadêmica tratando de um tema de suma importancia para os dias atuais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma análise sobre o estudo do Reino Unido acerca do impacto de diversos tipos de sacolas para compras no aquecimento global

A Agência Ambiental do Reino Unido lançou em fevereiro um estudo sobre análise do ciclo de vida de sacolas plásticas e suas alternativas, realizado para subsidiar políticas públicas e ações do setor privado quanto à questão, além de informar o próprio cidadão britânico. O estudo chegou a conclusões interessantes ao comparar as sacolas plásticas convencionais a alternativas como sacolas oxi-degradáveis, de TNT (tecido-não-tecido), de bioplásticos e sacolas de algodão (retornáveis). No entanto, a divulgação observada no Brasil se resumiu a apenas uma destas conclusões: sacolas plásticas teriam menos impacto no aquecimento global que sacolas de algodão.

Esta conclusão vai ao encontro da posição da indústria de sacolas plásticas, que garante serem as sacolinhas uma alternativa ambientalmente amigável sob muitos pontos de vista, mesmo quando comparadas às sacolas retornáveis. Segundo o estudo, para que uma sacola retornável tenha potencial de aquecimento global inferior ao potencial de uma sacola plástica convencional, ela teria de ser reutilizada 171 vezes. O problema é o enviesamento desta conclusão: uma sacola retornável possivelmente será usada 171 vezes, enquanto uma sacola plástica é, por natureza, /single-used/ - de uso único, descartável.

Colocando em um exemplo prático fica mais visível a relação entre estas duas "grandezas" incompatíveis.

Utilizando os números do próprio estudo, o consumo de um mês do consumidor britânico é, em média, de 483 itens comprados. Nas sacolas plásticas, o britânico carrega em média 5 itens, e nas sacolas de algodão, 10 itens (desconsiderando as frações). Para carregar os 483 itens mensais, seriam necessárias 96 sacolas plásticas. Com capacidade para 10 itens, seria preciso 48 sacolas de algodão... ou 48 viagens com a mesma sacola. Ou seja, seriam necessárias 96 sacolas plásticas

descartáveis (desconsiderando reuso para compras), mas apenas 1 sacola retornável para realizar as compras do britânico durante o mês. Em uma conta rápida, em um ano, o britânico médio poderia usar uma única sacola de algodão ou 1152 sacolas plásticas! Se levarmos em conta que algumas compras são feitas por impulso e trazem apenas um item na sacola, o número de sacolas plásticas usadas poderia subir e muito.

Além da desproporcionalidade entre a real freqüência de uso de cada alternativa, o estudo também simplifica o impacto global destes tipos de sacolas ao não considerar sua demanda total anual. Façamos mais algumas contas.

Em 2008, falava-se em 1 trilhão de sacolas plásticas consumidas por ano no mundo. A produção do algodão significa 98% do potencial de impacto das sacolas retornáveis no aquecimento global, mas seria absurdo dizer que um maior consumo de sacolas retornáveis de tecido trará um aumento significativo da produção de algodão no mundo. Ainda que cada habitante do planeta tenha uma sacola de algodão nova, seriam, no máximo, 7 bilhões de sacolas, a serem utilizadas inúmeras vezes ao longo de muitos anos. Como comparar o impacto de 1 trilhão de sacolas plásticas/ano com o impacto de um consumo (hipotético e irreal) de 7 bilhões de sacolas de pano/muitos anos?

O potencial de impacto no aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) do ciclo de vida de uma sacola de pano é realmente dez vezes maior que o GWP de uma sacola plástica, mas a demanda por sacolas retornáveis de algodão tende a se manter estável e muitíssimo inferior à demanda por sacolas plásticas.

O estudo procura ser justo na comparação ao garantir a proporcionalidade em relação à capacidade de carregamento de compras de cada tipo de sacola, mas não pesou as características fundamentais e diametralmente opostas entre sacolas plásticas e sacolas de algodão: as primeiras são descartáveis, as segundas, reutilizáveis. Ainda que haja reuso das sacolas plásticas para compras - o que é muito raro - estará limitado a duas ou três viagens, especialmente no Brasil, onde

muitas sacolas ainda são produzidas com espessura abaixo da norma técnica. A cada compra, o consumidor usará novas sacolas plásticas (cuja produção contribuirá para o aquecimento global), enquanto uma sacola de algodão - que pode, inclusive, ser produzida a partir de tecido usado - poderá ser utilizada inúmeras vezes antes de ser necessário que se compre outra.

O relatório traz outras conclusões interessantes, que também deveriam despertar interesse da mídia e daqueles que debatem o uso de sacolas plásticas. Duas, em especial, reforçam nosso ponto de vista quanto à necessidade de consumir de forma consciente: (1) o impacto ambiental de todos os tipos de sacolas se dá principalmente pelo consumo de recursos naturais e nos estágios de produção, e (2) qualquer que seja o tipo de sacola usado, a chave para reduzir seus impactos é a reutilização quantas vezes for possível - no caso das sacolas plásticas, quando o reuso para compras não for viável, outro reuso será sempre benéfico (como o uso como sacos de lixo, por exemplo).

O estudo realizou análises segundo parâmetros certificados, mas aplicou premissas pouco coerentes, permitindo um olhar estreito sobre a relação entre as alternativas disponíveis ao consumidor para acondicionamento de suas compras. Como vimos falando durante toda a campanha Saco é um Saco, o consumo excessivo de sacolas plásticas é o vilão ambiental, não o item em si. O consumo consciente de sacolas plásticas - recusar quando possível, reduzir o consumo, reutilizar aquelas que aceitou - é o objetivo. Para reduzir o consumo de sacolinhas, uma das melhores opções continua sendo a sacola retornável, seja do material que for, pois promove também a mentalidade da não descartabilidade. Hoje, olhamos para tudo que nos cerca como coisas descartáveis. A manutenção de nossa qualidade de vida - uma boa tradução para o termo "sustentabilidade" - exige, no entanto, que demandemos menos recursos ambientais para fabricação de novos produtos. Ou seja, devemos prestigiar aquilo que é durável.

O estudo é tão controverso que a Environmental Agency recebeu um questionamento legal que a levou a tirar o relatório - Report on the Life Cycle Assessment of Carrier Bags - de seu site até que se resolva a consulta. A nota pode ser vista no site http://www.environment-agency.gov.uk/research/library/publications/129364.aspx[1].

Discutir sobre benefícios das sacolas plásticas é algo ultrapassado. Há trinta anos, a sacolinha plástica foi sim sinônimo de modernidade e comodidade - hoje, é sinônimo de poluição e falta de consciência ecológica. Os tempos mudaram, e as sacolinhas precisam se adaptar a essa nova realidade.

Fernanda Altoé Daltro Gerente de Produção e Consumo Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente

Fonte: http://www.oc.org.br/index.php?page=Noticia&id=208492

Comércio de Belo Horizonte dá fim às sacolinhas plásticas

Edição do dia 18/04/2011

O comerciante que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil, valor que dobra em caso de reincidência. Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu mais de 130 milhões de sacolinhas.

Começou a vigorar nesta segunda-feira (18), em Belo Horizonte, a lei da sacolinha, que incentiva os consumidores a levar sua própria sacola ao supermercado.

Muitos consumidores tiveram trabalho pra levar as compras sem as tradicionais sacolinhas plásticas.

“Bom, nós sabiamos que não ia ter sacola, mas é impossível você trazer sacola pra tanta coisa”, diz a dona de casa Fátima Ribeiro.

“Hoje você me pegou em flagrante, mas eu não vou usar mais sacolinha de plástico”, conta outra mulher.

O comerciante de Belo Horizonte que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil e o valor dobra em caso de reincidência.

Um supermercado ofereceu três opções para os clientes levarem as compras pra casa: caixas de papelão; sacolinhas biodegradáveis, ao custo de R$ 0,19 cada uma; e as sacolas retornáveis, um pouco maiores, que custam R$ 2.

“Antigamente a gente usava esse tipo de sacola. Porque hoje não? Nós estamos muito mal acostumados”, diz uma consumidora.

Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu as sacolinhas. Mais de 130 milhões foram retiradas de circulação.

O professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Freitas defende que, ao invés de proibir o uso das sacolinhas, o mais importante seria conscientizar o consumidor sobre o descarte delas.

“Eu não posso resolver uma questão ambiental simplesmente eliminando o uso de um material que é extremamente benéfico. O que eu tenho de fazer é dar o destino adequado para o material depois de utilizado, como uma sacolinha reciclada. Ela era virgem no início, feita de um material polimérico virgem e, depois de utilizada, passou por um reprocessamento e se transformou em uma sacolinha reciclada”, explica Roberto Freitas.

Apesar do trabalho a mais, muitos consumidores ficaram sabendo que sacolinha de plástico prejudica a natureza, porque leva entre 100 e 500 anos pra se decompor.
“Para o meio ambiente, é muito bom. E para todos nós”, diz um homem.

Estado de Minas - Gerais: Lei que proíbe uso de sacolas plásticas entra em vigor em BH cercada de dúvidas

Flávia Ayer - Publicação: 18/04/2011 06:05 Atualização: 18/04/2011 06:50

As sacolas plásticas entram, a partir desta segunda-feira, para a lista de produtos ilícitos em Belo Horizonte. Começa a valer, nesta segunda-feira, a Lei 9.529/2008, que determina a substituição dos modelos convencionais, à base de petróleo, pelos feitos de material biodegradável ou retornável. A medida promete mudar radicalmente os hábitos dos 2,3 milhões de moradores da capital e levanta uma pergunta que não quer calar: será que ela vai pegar? A dúvida se justifica por um gordo histórico de leis adormecidas no papel. Minas Gerais, se consideradas somente as normas estaduais, ganhou 660 novas regras apenas no período entre 2007 e 2010, que se somaram às mais de 12 mil já existentes.

Grande parte desse calhamaço de leis certamente passa em branco na vida da população, outra parcela é conhecida mas ignorada e um pequeno número cumprido à risca. Pisar em cocô de cachorro na rua desperta ódio em qualquer mortal, ainda mais ao saber que, além de ato de cidadania, recolher as fezes do animal é lei que não decolou na capital mineira. Os donos de cães em BH figuram também entre os que ignoram a norma que obriga o uso de focinheiras e coleiras pelos bichos de estimação, como é possível comprovar num passeio em pistas de cooper e parques da cidade. As letras da lei também ainda não foram capazes de equilibrar o conflito entre barulho e sossego em BH.

Mas, desrespeito total às regras é o que ocorre nas agências bancárias: 15 minutos é o tempo máximo determinado na capital para o atendimento ao cliente nas filas de bancos. Por outro lado, em meio à pilha de deveres e obrigações de um mundo do papel, há normas totalmente incorporadas ao dia a dia do cidadão. A saúde falou mais alto e o fumo saiu de vez dos ambientes coletivos públicos e privados. A batalha contra a obesidade também conseguiu transformar cardápio das cantinas dos colégios e a lei da merenda saudável barrou coxinhas, refrigerantes e balas dos lanches de estudantes mineiros. Motoristas usufruem, no Faixa Azul, do tempo adicional de 30 minutos acrescentados por lei em BH.

Resta saber agora em qual time a proibição das sacolas plásticas vai entrar. O secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, à frente da pasta que regulará a matéria, está confiante: “Essa lei já pegou. A população comprou a ideia e está imbuída da responsabilidade de transformar a cidade em exemplo para o mundo.” Ele promete que a determinação não vai empacar na falta de fiscais. “Estamos agregando essa competência à rotina dos fiscais de meio ambiente e aos de posturas das nove regionais. A multa inicial é de R$ 1 mil e a reincidência, de R$ 2 mil. Se houver persistência, o alvará de funcionamento e localização do empreendimento pode ser cassado”, ressalta.

Divergências

Se depender do aposentado Vander Cruz, de 65 anos, as sacolas plásticas não terão mais vez. Há cerca de três meses ele adotou e aprovou o modelo ecológico, de pano. “É melhor, porque evita que carreguemos muitas sacolas”, diz, durante compras no sacolão, no Bairro Nova Floresta, na Região Nordeste da capital. O gerente do estabelecimento, Eli Fernandes, também está preparado para as mudanças. “A partir de segunda vamos ter bacias para pesar as frutas, como era feito antigamente”, conta. O advogado Alcides Teixeira, de 66, vê problemas na nova norma. “O consumidor vai ter que pagar pela sacola plástica”, afirma, certo de que a lei só será cumprida com “mão pesada sobre comerciante”.

Para o presidente do Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, que batalha pelo descarte responsável do produto, Miguel Bahiense, do ponto de vista ambiental a lei já nasce fadada ao fracasso. “Estudo inglês mostra que, na produção de sacolas de plástico comum é produzido menos gás carbônico do que na de alternativas. Pesquisa Ibope mostra que 75% dos consumidores preferem a sacola convencional e 100% deles a usam para acondicionar o lixo. A questão é garantir a qualidade das sacolas de plásticos e educar o consumidor a usar apenas o necessário”, afirma Bahiense. “Acredito que uma lei sai do papel quando tem embasamento técnico para isso e, nesse caso, a lei de BH não faz o menor sentido.”

A partir desta segunda-feira, consumidores na capital mineira deverão buscar soluções alternativas para carregar compras. Carrinhos, sacolas de pano, TNT, sisal e caixas são algumas das opções. Esquecidos podem recorrer às sacolas biodegradáveis, ao valor de R$ 0,19 cada. Feita à base de amido, ela se decompõe em 180 dias, enquanto o modelo convencional demora 400 anos. A lei das sacolas plásticas foi sancionada em 2008 pelo prefeito Fernando Pimental e é originária de projeto do vereador Arnaldo Godoy (PT).

terça-feira, 5 de abril de 2011

Lei proíbe uso de sacolas plásticas em Itapetininga-SP

25/03/2011 - 15h32

Sorocaba - Uma lei aprovada ontem pela Câmara de Itapetininga, a 162 km de São Paulo, proíbe o uso de sacolas plásticas para acondicionar produtos em qualquer estabelecimento comercial da cidade. A medida só não se aplica às embalagens originais das mercadorias ou ao acondicionamento de produtos para serem levados até o caixa do estabelecimento.

Para entrar em vigor, a lei depende da sanção do prefeito Roberto Ramalho (PMDB). De acordo com o presidente da Câmara, Fuad Isaac (PT), todos os vereadores assinaram o projeto. O prefeito deve receber a lei aprovada na próxima semana e tem prazo de 60 dias para regulamentar a norma.

Os estabelecimentos terão até o dia 21 de setembro, data do início da primavera, para se adequarem. A lei prevê multas de R$ 126 a R$ 603 em caso de descumprimento e, se a desobediência persistir, pode acarretar a interdição do estabelecimento e a cassação do alvará de funcionamento.

Isaac estima que três milhões de sacolas plásticas deixarão de ir para o lixo todo mês. Parte desse material é lançada no meio ambiente e tem agravado o problema das enchentes na cidade, segundo ele. Além dos benefícios ao meio ambiente, o vereador prevê um aumento na vida útil do aterro sanitário do município, já que as sacolinhas representam 12 toneladas de lixo a mais por ano. 
 

Lei contra sacolinhas vai ter uma campanha em Americana (São Paulo)

05/04/2011

A partir de terça-feira, a Secretaria de Meio Ambiente de Americana vai começar um trabalho de conscientização sobre a proibição de sacolas plásticas na cidade. A lei que impede o uso dos produtos no município entra em vigor no dia 5 de junho.
Por dois meses, a equipe da pasta vai promover uma campanha, que será baseada em visitas às empresas, comércios, escolas, igrejas e demais entidades. O objetivo é explicar a legislação e estimular a população a mudar de hábito. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Americana, Jonas Santarosa, a campanha é de fundamental importância para o município. “Faremos o possível para divulgar a lei e fazer com que a população consiga compreender o objetivo dessa proibição.”
A proibição foi motivada a partir do material do qual as sacolas são compostas, que poluem o meio ambiente. O polietileno ou os derivados do petróleo, utilizados nas sacolinhas, contribuem para a impermebealização do solo e de aterros e lixões. Elas levam 400 anos para se decompor e obstruem pontos de drenagem de chuvas. | MARINA ARANHA

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