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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sacolas plásticas proibidas na capital Baiana (Salvador)

Em dois dias de votação, a Câmara de Vereadores de Salvador aprovou 83 projetos de lei, dos 108 listados pela Diretoria Legislativa. Entre os textos aprovados está o que obriga os estabelecimentos comerciais a utilizarem sacolas oxi-biodegradáveis para o acondicionamento de produtos comercializados na capital baiana.

O projeto é assinado pelos vereadores Pedro Godinho (PMDB), Andrea Mendonça (DEM) e Vânia Galvão (PT).

A embalagem plástica oxi-biodegradável é aquela que apresenta degradação inicial por oxidação acelerada pela luz e calor, com posterior capacidade de ser biodegradada.
Para se tornar lei e entrar em vigor, logicamente o projeto depende da sanção do prefeito João Henrique. A partir da data de publicação da lei, os estabelecimentos comerciais terão prazo de um ano para substituir as sacolas plásticas pelas biodegradáveis.

“Medidas como esta precisam ser implementadas para minimizar os impactos ambientais e evitar o alto investimento financeiro para diminuir a poluição”, comentou Pedro Godinho.

Andrea Mendonça disse que as sacolas plásticas serão gradativamente retiradas de uso, o que é importante para reduzir a sobrecarga em aterros sanitários e lixões onde ainda não existe a coleta seletiva. Cada sacola plástica pode levar até um século para desaparecer completamente.

Vânia Galvão aposta na conscientização de comerciantes e consumidores e cita exemplos bem mais radicais de países como Estados Unidos e “Bangladesh, onde já é proibido fabricar, comprar e portar sacos plásticos”.

Multas - As penalidades para o descumprimento da lei acarretarão em penas no âmbito administrativo e civil, como advertência, multa corresponde a 1% do faturamento, suspensão temporária da atividade e cassação da licença do estabelecimento ou da atividade.

A pena de multa, graduada de acordo com a condição econômica do estabelecimento comercial, será em dobro em caso de reincidência.

Também consta no projeto a determinação de que as empresas que produzem as embalagens plásticas oxi-biodegradáveis deverão estampar as informações para facilitar a visualização por parte dos consumidores.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Proibição do uso de sacolas plásticas pode se espalhar por Minas

Valquiria Lopes 12/05/2011 06:41
 
Em vigor desde o dia 18 na capital, proibição de uso de embalagens plásticas tradicionais pelo comércio se espalha pelo interior de Minas Gerais. Supermercados da Grande BH eliminam unidades poluidoras, mesmo sem legislação municipal.

Em supermercado de Nova Lima, Avelina Mendes comprou seis sacolas biodegradáveis para levar compras

A onda da substituição das sacolas plásticas tradicionais, produzidas à base de petróleo, por materiais biodegradáveis se alastra em Minas. Em vigor desde o dia 18 em Belo Horizonte, a proibição de uso de sacos plásticos está sendo incorporada em pelo menos 24 municípios do estado. Desse total, seis já aprovaram a legislação proibitiva. É o caso de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde as sacolinhas estão com os dias contados, já que o prazo para adaptação do comércio vence em julho e agosto de 2012, respectivamente. Em pelo menos cinco municípios, há projetos de lei em tramitação e em 13 a questão está na pauta de discussões de prefeituras e câmaras municipais. A Associação Mineira de Supermercados (Amis) recebe solicitações de prefeituras interessadas em projetos de lei nos moldes da legislação da capital.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a discussão também tem ganhado espaço. Está marcada para esta quinta-feira audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 1.023/11, do deputado Leonardo Moreira (PSDB), que determina a troca das sacolas tradicionais pelas retornáveis ou biodegradáveis em todo o território mineiro. “O fim da sacola onvencional e a diminuição da biodegradável segue tendência mundial”, afirmou o superintendente da Amis, Adilson Rodrigues.

Pioneira nesse tipo de proibição no país, BH pode servir de modelo para São Paulo. “O governo do estado assinou compromisso com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), que estabelece, a partir de 25 de janeiro de 2012, a substituição das sacolas por biodegradáveis, ecobags e outras em todo o estado”, explicou o diretor de Sustentabilidade da Apas, João Sanzovo.

Como em Belo Horizonte, a campanha paulista Vamos tirar o planeta do sufoco não prevê o uso de sacolas oxibiodegradáveis, que têm tempo de decomposição menor, mas também são produzidas com petróleo. A regra ainda não foi observada na proposta de Juiz de Fora e Uberlândia, nem por Nova Lima, onde um projeto tramita na câmara municipal desde março.

Grande BH

Supermercados de grandes redes em municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte se anteciparam e, mesmo sem legislação própria que proíbe o uso de sacola produzida com petróleo, estão aderindo ao fim da embalagem. Em Nova Lima, o Verdemar do Bairro Jardim Canadá aboliu a sacolinha, seguindo a tendência de lojas na capital. O Super Nosso, no Bairro Vale do Sereno, prepara mudança para o dia 23.

No Carrefour do Bairro Riacho das Pedras, em Contagem, a sacola tradicional é distribuída, mas a biodegradável, com custo de R$ 0,19, e as retornáveis, vendidas por R$ 1,98, já estão disponíveis.

Redução

Dados da Amis mostram que, desde o início da proibição em BH, norma adotada por meio da Lei 9.529/2008, o uso das embalagens diminuiu em 80%, passando de 450 mil sacolas tradicionais diárias para 90 mil biodegradáveis. “A expectativa é de que o consumo da biodegradável se restrinja a 20 mil por dia, o que representa menos de 5% do total de 450 mil”, afirmou o superintendente.

Dados da Secretaria Adjunta de Fiscalização da capital mostra que a sacola plástica era usada em pelo menos 38% de 374 estabelecimentos comerciais fiscalizados de 18 de abril até sexta-feira. “O número não é alto para a primeira avaliação, mas a expectativa é de que caia, pois a lei deve ser cumprida. Muitas vezes, o comerciante acha que precisa ser notificado para se adequar e não é isso. A regra já está valendo”, explicou o gerente de Acompanhamento e Validação da Produtividade Fiscal, Gilmar Evangelista da Silva.
 
Adesão em Betim

Embora Betim não tenha lei proibindo o uso de sacolas plásticas no comércio, parte dos comerciantes da cidade resolveu aderir à iniciativa da capital, como forma de conscientizar a população. “Faço uso da sacola retornável há muito tempo. As plásticas prejudicam muito o meio ambiente e temos de pensar em alternativas para deixar um planeta melhor para os filhos e netos”, disse o aposentado Benedy Antunes, da Colônia Santa Isabel. A salgadeira Solange Aparecida, do Bairro Santa Inês não concorda com o fim das sacolas. “Elas são bem mais práticas e facilitam na hora de transportar as compras.” Segundo Ana Paula Diniz, analista de marketing de um supermercado de Betim, a comodidade do cliente deve ser prioridade, sem deixar de lado a questão da conscientização com o meio ambiente.

JÁ É LEI
  • Montes Claros
  • Uberlândia
  • Paracatu
  • Uberaba
  • Ipatinga
  • Juiz de Fora
EM PROJETO
  • Patos de Minas
  • Timóteo
  • Araguari
  • Nova Lima
  • São José da Lapa
EM DEBATE
  • Sete Lagoas
  • Itabira
  • João Monlevade
  • Matozinhos
  • Pirapora
  • Poços de Caldas
  • Varginha
  • Unaí
  • Lavras
  • Coronel Fabriciano
  • Janaúba
  • Lagoa Santa
  • Ouro Preto
Fontes: Secretarias municipais de Meio Ambiente e de Serviços Urbanos
            Estado de Minas: Gerais

Vereadores barram proibição de sacolas plásticas em SP

Por AE | Agência Estado – qua, 11 de mai de 2011

A Câmara Municipal de São Paulo não conseguiu transformar em lei municipal o acordo entre governo do Estado e donos de supermercados que prevê o fim das sacolas plásticas a partir do ano que vem. Na tentativa de criar uma legislação municipal que pudesse oficializar a mudança, a base governista do prefeito Gilberto Kassab (PSD) foi atropelada pelo grupo de vereadores que fez o lobby em favor das indústrias e dos sindicatos ligados à produção de plástico.

O projeto proposto pelas lideranças da Casa colocava como limite para o fim da distribuição das sacolinhas o dia 31 de dezembro de 2011 - no acordo do Estado com os empresários do setor de supermercados, constou o dia 25 de janeiro de 2012 como prazo para a substituição voluntária. Na proposta dos vereadores era vedada ainda a venda das sacolas por R$ 0,19, ao contrário do que prevê o acordo assinado na segunda-feira pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Durante mais de três horas, o vereador Francisco Chagas (PT) foi o porta-voz em defesa das sacolinhas plásticas. Ele conseguiu o apoio dos colegas Milton Leite (DEM), Wadih Mutran (PP) e Aurélio Miguel (PR) para obstruir a sessão.

Foi a segunda vez em menos de um ano que os vereadores tentam e não conseguem votar um prazo para o fim das sacolinhas. No final de 2010, um projeto do ex-vereador e atual deputado estadual Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB) também acabou pendente de votação, após pressão de sindicatos ligados às empresas que produzem sacolinhas. Agora não existe mais prazo para proposta semelhante ser levada à discussão na Câmara paulistana. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cuiabá aprova lei que substitui sacolas plásticas por modelo ecológico

Depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro e diversas cidades do interior Paulista, como Jundiaí, Sorocaba, Itu e Monte Mor, chegou a vez de Cuiabá aderir à iniciativa que visa a acabar com o consumo de sacolas plásticas em supermercados. O projeto de lei que determina a substituição da tradicional sacolinha por embalagens biodegradáveis em estabelecimentos comerciais foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (26) na Câmara de Vereadores da capital matogrossense.

Em 13 capitais brasileiras, já está em vigor a lei que restringe o uso das sacolas plásticas e em outras nove cidades há projetos sobre o mesmo tema tramitando nas Câmaras Municipais.

“É de suma importância para a sobrevivência do meio ambiente, principalmente do Pantanal de Mato Grosso, que haja modelos sustentáveis de consumo que vão garantir melhores condições de vida para todos e das futuras gerações”, justifica Júlio Pinheiro, autor da proposta.
Em Cuiabá, a adoção das novas embalagens será facultativa por três anos. Depois, o descumprimento da lei poderá resultar em multa de R$ 1 mil e, em caso de reincidência, de R$ 2 mil. Quem persistir na infração pode ter o estabelecimento interditado e o alvará de funcionamento cassado.

No Estado de São Paulo existe um movimento para que todos os supermercados entrem na campanha. Enquanto uma lei não é aprovada, o governo paulista e a Apas (Associação Paulista de Supermercados) planejam um acordo para acabar com as sacolinhas, que demoram mais de cem anos para se decompor no meio ambiente. O projeto “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco” deve ser apresentado em maio.

A exemplo do que fazem as lojas da rede na Europa, o Carrefour Brasil já anunciou em março que pretende eliminar até 2014, de forma gradual, o uso de sacolas plásticas e incentivar a venda de outras opções de embalagens sustentáveis, como as sacolas 100% biodegradáveis ou retornáveis (de pano) e as caixas de papelão.

O novo modelo de sacola, que também começará a ser vendido a preço de custo (R$ 0,19) em outros supermercados, é feito de uma resina especial derivada do milho, que se decompõe em até 180 dias. As sacolas retornáveis custam entre R$ 1,90 e R$ 15. Já as caixas são distribuídas gratuitamente. A ideia é que a cobrança pelas embalagens desestimule a sua utilização.

Segundo a Apas, são produzidas 210 mil toneladas de plástico filme por ano no Brasil, que resultam que 18 bilhões de sacolas. Calcula-se que elas representem 9,7% de todo o lixo produzido no país.

Em Jundiaí (a 58 km de São Paulo), a mesma campanha da Apas para banir as embalagens pouco ecológicas foi considerada um sucesso e, por isso, começa a ser exportadas para outras regiões. Em seis meses, 132 milhões de unidades foram tiradas de circulação, o equivalente a 480 toneladas de plástico. A redução representa 95% de tudo o que era distribuído antes da campanha, que contou com forte apoio dos moradores.

No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, o uso de sacolas plásticas feitas com derivados de petróleo é proibido por lei. Na capital fluminense, quem optar por não usar a embalagem tradicional vai ganhar desconto nas compras. A cada grupo de cinco itens comprados, haverá um abatimento de R$ 0,03 do valor total da compra. O consumidor que devolver sacolas plásticas também será beneficiado: a cada 50 unidades, o cliente ganha um quilo de arroz ou feijão.

Fonte: Noticias Uol.com.br - Cotidiano

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A competição das empresas pela consciência verde

21/07/2008 - 16:57 - Atualizado em 16/04/2009 - 16:40
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente
JULIANA ARINI E THAIS FERREIRA
Julio Bittencourt
CONSUMIDORA CONSCIENTE
Paula Canoletti com uma bandeja de cogumelos orgânicos em um supermercado. Ela diz que foi convencida por seu filho adolescente
Foi uma calça jeans de R$ 300 que despertou a publicitária Paula Canoletti para a questão ambiental. Ela entrou em casa e foi mostrar sua nova aquisição para o filho de 15 anos. Quando disse que era uma marca muito legal, ele rebateu: “Mãe, essa marca salva baleias, golfinhos ou protege animais em extinção? Se não faz isso, não é uma marca legal”. A crítica soou como um chamado para Paula repensar seus hábitos de consumo. Hoje, ela não faz mais compras por impulso. Também separa o lixo para reciclagem, compra produtos livres de agrotóxico e busca informações sobre o que coloca no carrinho de supermercado. Apesar de estar longe do perfil clássico de consumidor verde, disposto a boicotar os produtos que não são ambientalmente corretos, ela é um exemplo da mudança que está ocorrendo no perfil dos compradores brasileiros.
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente. O instituto é responsável pelos primeiros levantamentos nacionais sobre a relação entre consumo e as responsabilidades sociais e ambientais das empresas. “O que era um nicho de mercado hoje é uma exigência”, afirmou o diretor do Akatu, Hélio Mattar. O consumidor nunca teve tanto poder. “Ao fazer boas escolhas, nós influenciamos uma cadeia de indústrias e fornecedores cuja política ambiental determina o futuro da vida no planeta”, diz Mattar.
Hoje, quase todos os produtos que encontramos em uma prateleira de supermercado possuem algum argumento verde. É o pão produzido com cereais orgânicos, a caixa de bombom com papel que não desmata florestas, o lenço de papel que ajuda a preservar Fernando de Noronha, a pasta de dentes que financia a conservação da Mata Atlântica ou a lata de atum que foi pescada sem matar golfinhos. Existe até uma disputa entre a tábua de cortar carne feita com eucalipto de reflorestamento e outra opção, de madeira de árvores nativas retiradas de forma não-predatória. Como escolher? À medida que as opções se multiplicam, o desafio do consumidor é não se perder em uma nova selva de promessas verdes.
Vender uma boa imagem ambiental virou um negócio para as grandes redes varejistas. Um exemplo disso foi o lançamento de uma parceria entre a rede varejista Wal-Mart e a ONG Conservação Internacional (CI), na semana passada. Desde 2005, o Wal-Mart investe nas lojas próprias e seleciona os fornecedores para reduzir o impacto no meio ambiente. O engajamento ambiental da empresa surgiu quando o diretor da CI, Peter Seligmann, convidou o presidente do conselho de administração do Wal-Mart, Rob Walton, para pescar no Pantanal, aqui no Brasil. A amizade com Walton ajudou o ambientalista a conseguir uma reunião com o atual presidente da empresa, Lee Scott. “A neta de Scott havia acabado de nascer”, diz Seligmann. “E ele estava em um momento de repensar seu papel no mundo, principalmente em relação à questão ambiental e ao futuro que deixamos para nossos filhos e netos. Isso mudou a empresa.”
O Wal-Mart pretende zerar a produção de
lixo em suas lojas e usar só energia renovável
Hoje, o Wal-Mart tem as metas ambientais mais ambiciosas do mercado. Eles querem zerar a produção de lixo em suas lojas e ter supermercados abastecidos só com energia renovável. No Brasil, já existem duas lojas com esse padrão, ambas na Região Sul do país. “A política do Wal-Mart sempre foi de redução de custos. Hoje, pagamos mais por produtos ambientalmente corretos”, diz o vice-presidente da rede, Steve Dacus, enquanto anunciava a parceria com a CI. “Décadas atrás, isso seria uma heresia para nossos diretores. Mas hoje os próprios consumidores nos mostram que é o único caminho”.
Outras redes varejistas estão seguindo essa tendência, como o grupo brasileiro Pão de Açúcar. A empresa vai inaugurar em junho sua primeira loja verde, com reciclagem de lixo, menor consumo de energia e uma seleção de produtos ecologicamente corretos. A rede francesa Carrefour também quer melhorar sua imagem ambiental. Eles dizem que estão rastreando alguns produtos de seus fornecedores para eliminar práticas que causem prejuízos ecológicos.
Essa onda de compras com boa consciência ambiental surgiu para suprir uma demanda materna. O sociólogo inglês John Elkington, uma das maiores autoridades mundiais em sustentabilidade empresarial e fundador da consultoria Sustainability, foi um dos primeiros a desvendar essa história. “Os pioneiros surgiram na década de 80”, diz. “Eram mulheres divididas em dois grupos. Primeiro, as mães de filhos pequenos preocupadas com o futuro deles. Depois, mães de adolescentes que começaram a questioná-las sobre o que compravam.” Uma história muito parecida com a de Paula Canoletti.


Julio Bittencourt
INSPEÇÃO
Ota (ao centro) na central de embalagens de uma produtora de cogumelos. Ele fiscaliza as práticas ambientais das empresas para o selo orgânico do Instituto Biodinâmico (IBD)
As mulheres ainda representam 67% desse público, mas, hoje, o perfil do consumidor consciente mudou. Segundo Elkington, os compradores têm mais informações e questionam mais as empresas. Nos países desenvolvidos, as pessoas são muito ativas em premiar e punir as empresas. Nos Estados Unidos, cerca de 50% das pessoas estão dispostas a boicotar produtos com um passado ambiental ou social suspeito. “Além disso, o movimento foi além das fronteiras tradicionais da Europa e da América do Norte. Outras regiões do mundo, como Japão e Brasil, passaram também a ter grupos organizados de consumidores”, diz.
Os brasileiros estão mais conscientes quando compram. Cerca de 75% dos consumidores nacionais sabem que têm o poder de influenciar nas decisões das empresas. Mas apenas 24% estão dispostos a questionar os produtores diretamente ou boicotá-los. Os dados são da pesquisa do Akatu. O instituto também descobriu que os brasileiros acreditam cada vez menos no marketing verde e social. Caiu de 50% para 39% a taxa de pessoas que confiam na veracidade das ações ambientais e sociais promovidas por empresas. “É um alerta. O consumidor está mais atento”, diz Mattar.

Como explicar a desconfiança dos consumidores? Primeiro, existe uma dificuldade em desvendar os rótulos dos produtos. Isso acontece devido à mistura de falsas promessas com informações reais. “Eu quase comprei um produto que se dizia natural, acreditando que era orgânico”, diz Paula Canoletti. Ela afirma que vasculhou o rótulo, em busca de algum certificado de orgânico ou selo de procedência, e não encontrou nenhuma indicação. “Vi que era falsa propaganda”, diz. Outro engano comum é induzido pela presença do símbolo de reciclagem que acompanha algumas embalagens. “Isso significa que o recipiente pode ser reciclado. Mas nada garante que isso ocorra de fato”, diz Lisa Gunn, gerente de informação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). “A reciclagem depende de fatores como a coleta seletiva dos municípios e as condições da embalagem descartada.” Outro engano comum são as autodeclarações feitas por empresas. “Existem algumas latas de atum com informação de que a pesca ocorreu sem a morte de golfinhos. Mas não há nada que ateste isso. A empresa não foi auditada por um terceiro”.

Fonte: Época - Ciência e Tecnologia

segunda-feira, 9 de maio de 2011

II Feira de Sustentabilidade e Cultura

A II Feira de Sustentabilidade e Cultura da FTC Feira de Santana séra realizada nos dias 11 e 12 de maio no campus da faculdade situado na Rua Artêmia, S/N bairro SIM tendo como objetivo a exposição de empresas e projetos em stands, promovendo a reflexão e o empreendodorismo baseado nos pilares da sustentabilidade. A Sacola Prática participa do evento, agregando os conhecimentos adquiridos para fomentar a formação acadêmica tratando de um tema de suma importancia para os dias atuais.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Reunião discute proibição das sacolas plásticas - Maringá PR

05/04/2011 às 02:00
O uso indiscriminado das sacolas plásticas e a proposta da adoção de sacolas retornáveis serão debatidos por ambientalistas amanhã, às 19h30, na Câmara Municipal, em reunião pública promovida pela ONG Funverde.
O órgão espera mobilizar os vereadores a aprovarem lei municipal que proíba a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados (e similares) de Maringá.

Segundo levantamento da ONG, o consumo de sacolas plásticas pelos maringaenses chega a 30 milhões de unidades por mês e representa 10% de todo o lixo doméstico gerado diariamente na cidade.

Leia também:

Uma análise sobre o estudo do Reino Unido acerca do impacto de diversos tipos de sacolas para compras no aquecimento global

A Agência Ambiental do Reino Unido lançou em fevereiro um estudo sobre análise do ciclo de vida de sacolas plásticas e suas alternativas, realizado para subsidiar políticas públicas e ações do setor privado quanto à questão, além de informar o próprio cidadão britânico. O estudo chegou a conclusões interessantes ao comparar as sacolas plásticas convencionais a alternativas como sacolas oxi-degradáveis, de TNT (tecido-não-tecido), de bioplásticos e sacolas de algodão (retornáveis). No entanto, a divulgação observada no Brasil se resumiu a apenas uma destas conclusões: sacolas plásticas teriam menos impacto no aquecimento global que sacolas de algodão.

Esta conclusão vai ao encontro da posição da indústria de sacolas plásticas, que garante serem as sacolinhas uma alternativa ambientalmente amigável sob muitos pontos de vista, mesmo quando comparadas às sacolas retornáveis. Segundo o estudo, para que uma sacola retornável tenha potencial de aquecimento global inferior ao potencial de uma sacola plástica convencional, ela teria de ser reutilizada 171 vezes. O problema é o enviesamento desta conclusão: uma sacola retornável possivelmente será usada 171 vezes, enquanto uma sacola plástica é, por natureza, /single-used/ - de uso único, descartável.

Colocando em um exemplo prático fica mais visível a relação entre estas duas "grandezas" incompatíveis.

Utilizando os números do próprio estudo, o consumo de um mês do consumidor britânico é, em média, de 483 itens comprados. Nas sacolas plásticas, o britânico carrega em média 5 itens, e nas sacolas de algodão, 10 itens (desconsiderando as frações). Para carregar os 483 itens mensais, seriam necessárias 96 sacolas plásticas. Com capacidade para 10 itens, seria preciso 48 sacolas de algodão... ou 48 viagens com a mesma sacola. Ou seja, seriam necessárias 96 sacolas plásticas

descartáveis (desconsiderando reuso para compras), mas apenas 1 sacola retornável para realizar as compras do britânico durante o mês. Em uma conta rápida, em um ano, o britânico médio poderia usar uma única sacola de algodão ou 1152 sacolas plásticas! Se levarmos em conta que algumas compras são feitas por impulso e trazem apenas um item na sacola, o número de sacolas plásticas usadas poderia subir e muito.

Além da desproporcionalidade entre a real freqüência de uso de cada alternativa, o estudo também simplifica o impacto global destes tipos de sacolas ao não considerar sua demanda total anual. Façamos mais algumas contas.

Em 2008, falava-se em 1 trilhão de sacolas plásticas consumidas por ano no mundo. A produção do algodão significa 98% do potencial de impacto das sacolas retornáveis no aquecimento global, mas seria absurdo dizer que um maior consumo de sacolas retornáveis de tecido trará um aumento significativo da produção de algodão no mundo. Ainda que cada habitante do planeta tenha uma sacola de algodão nova, seriam, no máximo, 7 bilhões de sacolas, a serem utilizadas inúmeras vezes ao longo de muitos anos. Como comparar o impacto de 1 trilhão de sacolas plásticas/ano com o impacto de um consumo (hipotético e irreal) de 7 bilhões de sacolas de pano/muitos anos?

O potencial de impacto no aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) do ciclo de vida de uma sacola de pano é realmente dez vezes maior que o GWP de uma sacola plástica, mas a demanda por sacolas retornáveis de algodão tende a se manter estável e muitíssimo inferior à demanda por sacolas plásticas.

O estudo procura ser justo na comparação ao garantir a proporcionalidade em relação à capacidade de carregamento de compras de cada tipo de sacola, mas não pesou as características fundamentais e diametralmente opostas entre sacolas plásticas e sacolas de algodão: as primeiras são descartáveis, as segundas, reutilizáveis. Ainda que haja reuso das sacolas plásticas para compras - o que é muito raro - estará limitado a duas ou três viagens, especialmente no Brasil, onde

muitas sacolas ainda são produzidas com espessura abaixo da norma técnica. A cada compra, o consumidor usará novas sacolas plásticas (cuja produção contribuirá para o aquecimento global), enquanto uma sacola de algodão - que pode, inclusive, ser produzida a partir de tecido usado - poderá ser utilizada inúmeras vezes antes de ser necessário que se compre outra.

O relatório traz outras conclusões interessantes, que também deveriam despertar interesse da mídia e daqueles que debatem o uso de sacolas plásticas. Duas, em especial, reforçam nosso ponto de vista quanto à necessidade de consumir de forma consciente: (1) o impacto ambiental de todos os tipos de sacolas se dá principalmente pelo consumo de recursos naturais e nos estágios de produção, e (2) qualquer que seja o tipo de sacola usado, a chave para reduzir seus impactos é a reutilização quantas vezes for possível - no caso das sacolas plásticas, quando o reuso para compras não for viável, outro reuso será sempre benéfico (como o uso como sacos de lixo, por exemplo).

O estudo realizou análises segundo parâmetros certificados, mas aplicou premissas pouco coerentes, permitindo um olhar estreito sobre a relação entre as alternativas disponíveis ao consumidor para acondicionamento de suas compras. Como vimos falando durante toda a campanha Saco é um Saco, o consumo excessivo de sacolas plásticas é o vilão ambiental, não o item em si. O consumo consciente de sacolas plásticas - recusar quando possível, reduzir o consumo, reutilizar aquelas que aceitou - é o objetivo. Para reduzir o consumo de sacolinhas, uma das melhores opções continua sendo a sacola retornável, seja do material que for, pois promove também a mentalidade da não descartabilidade. Hoje, olhamos para tudo que nos cerca como coisas descartáveis. A manutenção de nossa qualidade de vida - uma boa tradução para o termo "sustentabilidade" - exige, no entanto, que demandemos menos recursos ambientais para fabricação de novos produtos. Ou seja, devemos prestigiar aquilo que é durável.

O estudo é tão controverso que a Environmental Agency recebeu um questionamento legal que a levou a tirar o relatório - Report on the Life Cycle Assessment of Carrier Bags - de seu site até que se resolva a consulta. A nota pode ser vista no site http://www.environment-agency.gov.uk/research/library/publications/129364.aspx[1].

Discutir sobre benefícios das sacolas plásticas é algo ultrapassado. Há trinta anos, a sacolinha plástica foi sim sinônimo de modernidade e comodidade - hoje, é sinônimo de poluição e falta de consciência ecológica. Os tempos mudaram, e as sacolinhas precisam se adaptar a essa nova realidade.

Fernanda Altoé Daltro Gerente de Produção e Consumo Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente

Fonte: http://www.oc.org.br/index.php?page=Noticia&id=208492

Comércio de Belo Horizonte dá fim às sacolinhas plásticas

Edição do dia 18/04/2011

O comerciante que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil, valor que dobra em caso de reincidência. Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu mais de 130 milhões de sacolinhas.

Começou a vigorar nesta segunda-feira (18), em Belo Horizonte, a lei da sacolinha, que incentiva os consumidores a levar sua própria sacola ao supermercado.

Muitos consumidores tiveram trabalho pra levar as compras sem as tradicionais sacolinhas plásticas.

“Bom, nós sabiamos que não ia ter sacola, mas é impossível você trazer sacola pra tanta coisa”, diz a dona de casa Fátima Ribeiro.

“Hoje você me pegou em flagrante, mas eu não vou usar mais sacolinha de plástico”, conta outra mulher.

O comerciante de Belo Horizonte que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil e o valor dobra em caso de reincidência.

Um supermercado ofereceu três opções para os clientes levarem as compras pra casa: caixas de papelão; sacolinhas biodegradáveis, ao custo de R$ 0,19 cada uma; e as sacolas retornáveis, um pouco maiores, que custam R$ 2.

“Antigamente a gente usava esse tipo de sacola. Porque hoje não? Nós estamos muito mal acostumados”, diz uma consumidora.

Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu as sacolinhas. Mais de 130 milhões foram retiradas de circulação.

O professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Freitas defende que, ao invés de proibir o uso das sacolinhas, o mais importante seria conscientizar o consumidor sobre o descarte delas.

“Eu não posso resolver uma questão ambiental simplesmente eliminando o uso de um material que é extremamente benéfico. O que eu tenho de fazer é dar o destino adequado para o material depois de utilizado, como uma sacolinha reciclada. Ela era virgem no início, feita de um material polimérico virgem e, depois de utilizada, passou por um reprocessamento e se transformou em uma sacolinha reciclada”, explica Roberto Freitas.

Apesar do trabalho a mais, muitos consumidores ficaram sabendo que sacolinha de plástico prejudica a natureza, porque leva entre 100 e 500 anos pra se decompor.
“Para o meio ambiente, é muito bom. E para todos nós”, diz um homem.

Estado de Minas - Gerais: Lei que proíbe uso de sacolas plásticas entra em vigor em BH cercada de dúvidas

Flávia Ayer - Publicação: 18/04/2011 06:05 Atualização: 18/04/2011 06:50

As sacolas plásticas entram, a partir desta segunda-feira, para a lista de produtos ilícitos em Belo Horizonte. Começa a valer, nesta segunda-feira, a Lei 9.529/2008, que determina a substituição dos modelos convencionais, à base de petróleo, pelos feitos de material biodegradável ou retornável. A medida promete mudar radicalmente os hábitos dos 2,3 milhões de moradores da capital e levanta uma pergunta que não quer calar: será que ela vai pegar? A dúvida se justifica por um gordo histórico de leis adormecidas no papel. Minas Gerais, se consideradas somente as normas estaduais, ganhou 660 novas regras apenas no período entre 2007 e 2010, que se somaram às mais de 12 mil já existentes.

Grande parte desse calhamaço de leis certamente passa em branco na vida da população, outra parcela é conhecida mas ignorada e um pequeno número cumprido à risca. Pisar em cocô de cachorro na rua desperta ódio em qualquer mortal, ainda mais ao saber que, além de ato de cidadania, recolher as fezes do animal é lei que não decolou na capital mineira. Os donos de cães em BH figuram também entre os que ignoram a norma que obriga o uso de focinheiras e coleiras pelos bichos de estimação, como é possível comprovar num passeio em pistas de cooper e parques da cidade. As letras da lei também ainda não foram capazes de equilibrar o conflito entre barulho e sossego em BH.

Mas, desrespeito total às regras é o que ocorre nas agências bancárias: 15 minutos é o tempo máximo determinado na capital para o atendimento ao cliente nas filas de bancos. Por outro lado, em meio à pilha de deveres e obrigações de um mundo do papel, há normas totalmente incorporadas ao dia a dia do cidadão. A saúde falou mais alto e o fumo saiu de vez dos ambientes coletivos públicos e privados. A batalha contra a obesidade também conseguiu transformar cardápio das cantinas dos colégios e a lei da merenda saudável barrou coxinhas, refrigerantes e balas dos lanches de estudantes mineiros. Motoristas usufruem, no Faixa Azul, do tempo adicional de 30 minutos acrescentados por lei em BH.

Resta saber agora em qual time a proibição das sacolas plásticas vai entrar. O secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, à frente da pasta que regulará a matéria, está confiante: “Essa lei já pegou. A população comprou a ideia e está imbuída da responsabilidade de transformar a cidade em exemplo para o mundo.” Ele promete que a determinação não vai empacar na falta de fiscais. “Estamos agregando essa competência à rotina dos fiscais de meio ambiente e aos de posturas das nove regionais. A multa inicial é de R$ 1 mil e a reincidência, de R$ 2 mil. Se houver persistência, o alvará de funcionamento e localização do empreendimento pode ser cassado”, ressalta.

Divergências

Se depender do aposentado Vander Cruz, de 65 anos, as sacolas plásticas não terão mais vez. Há cerca de três meses ele adotou e aprovou o modelo ecológico, de pano. “É melhor, porque evita que carreguemos muitas sacolas”, diz, durante compras no sacolão, no Bairro Nova Floresta, na Região Nordeste da capital. O gerente do estabelecimento, Eli Fernandes, também está preparado para as mudanças. “A partir de segunda vamos ter bacias para pesar as frutas, como era feito antigamente”, conta. O advogado Alcides Teixeira, de 66, vê problemas na nova norma. “O consumidor vai ter que pagar pela sacola plástica”, afirma, certo de que a lei só será cumprida com “mão pesada sobre comerciante”.

Para o presidente do Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, que batalha pelo descarte responsável do produto, Miguel Bahiense, do ponto de vista ambiental a lei já nasce fadada ao fracasso. “Estudo inglês mostra que, na produção de sacolas de plástico comum é produzido menos gás carbônico do que na de alternativas. Pesquisa Ibope mostra que 75% dos consumidores preferem a sacola convencional e 100% deles a usam para acondicionar o lixo. A questão é garantir a qualidade das sacolas de plásticos e educar o consumidor a usar apenas o necessário”, afirma Bahiense. “Acredito que uma lei sai do papel quando tem embasamento técnico para isso e, nesse caso, a lei de BH não faz o menor sentido.”

A partir desta segunda-feira, consumidores na capital mineira deverão buscar soluções alternativas para carregar compras. Carrinhos, sacolas de pano, TNT, sisal e caixas são algumas das opções. Esquecidos podem recorrer às sacolas biodegradáveis, ao valor de R$ 0,19 cada. Feita à base de amido, ela se decompõe em 180 dias, enquanto o modelo convencional demora 400 anos. A lei das sacolas plásticas foi sancionada em 2008 pelo prefeito Fernando Pimental e é originária de projeto do vereador Arnaldo Godoy (PT).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ainda há tempo para se adequar à lei das sacolas plásticas

Você supermercadista que tem loja em Belo Horizonte já está preparado para todas essas mudanças impostas pela lei das sacolas plásticas? Se ainda não está, se apresse, pois o tempo está acabando. O dia para implantação do novo sistema é 18 de abril. Confira passo a passo algumas sugestões da AMIS.

Primeiro passo - Informe-se

Não fique parado, conheça a lei e suas penalidades. Conheça também os tipos de sacola que podem ser usadas. A compostável é a única sacola descartável permitida pela lei e terá seu preço de custo repassado ao consumidor.

O modelo padrão da sacola plástica descartável compostável da campanha deve ter as medidas de 40 cm X 50 cm; peso suportável: 6 kg ou mais; espessura: 35 micras; biodegradabilidade: 100%;
compostabilidade: 100%. Exija que o fornecedor apresente os comprovantes de certificação de compostabilidade e que descreva na nota fiscal, item por item, palavra por palavra.

Mas o que mais deve ter em sua loja é a sacola retornável, pois toda a campanha estimulará o consumidor a abandonar o uso de sacola plástica descartável e adotar o uso de sacola retornável (ecobags).
O modelo da sacola retornável padrão é o seguinte: TNT 80 g ou o equivalente em ráfia; impressão: dois lados; medidas: A 40 cm x 50 cm x F 12 cm; peso suportável: 13 kg ou mais. Além deste, o supermercadista pode ter em sua loja, vários outros modelos de sacolas retornáveis, de outros materiais e outros preços.

Sugere-se igualmente ao associado estimular o consumidor a utilizar caixas de papelão, entre alternativas, para levar suas compras.

Segundo passo - Faça os pedidos

Se você já conhece os modelos de sacolas, faça os pedidos de sacola retornável e da compostável imediatamente.

Terceiro passo - Participe da campanha educativa

Todo o comércio de Belo Horizonte já está participando da campanha "Sacolas Plásticas Nunca Mais" que a AMIS e outras entidades comerciais lançaram para envolver, orientar e sensibilizar os consumidores. Sua loja ainda não?

Então ligue rapidamente para a sede da AMIS e faça o pedido das artes-finais do material para uso no ponto de venda, que já estão disponíveis para reprodução por parte dos associados, mediante assinatura de termo de responsabilidade de uso.

O supermercadista deve ainda utilize seus meios de comunicação próprios (tablóides de ofertas, faixas, carros de som, por exemplo) para apoiar a campanha em sua comunidade. Sempre usando o padrão da campanha disponibilizado pela AMIS.

Quarto passo - Treine sua equipe
De nada vai adiantar você cumprir todos os passos acima e não treinar os seus associados. É importante também treinar a sua equipe, principalmente aqueles que estão na frente dos caixas. Eles são as principais fontes para conscientizar o consumidor a adotar a sacola retornável como a melhor alternativa para o cumprimento da lei.

Fonte: AMIS - Associação Mineira de Supermercados

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Desafio Sebrae de 2011 será sobre Veículos Sustentáveis

Hoje, faltam 35 dias para o fim das inscrições para a 12ª edição do Desafio Sebrae, um jogo virtual destinado à universitários que tem como objetivo simular o dia-a-dia de uma empresa. Esse ano, os participantes terão que administrar uma indústria de bicicletas, um meio de transporte ecologicamente eficiente do ponto de vista do planeta e da vida de cada um de nós.
Além das mudanças nas condições ambientais, ocorre também, algo semelhante à realidade do mundo dos negócios: as decisões das empresas alteram as condições do mercado e o cenário do jogo.
flores, indústria moveleira, indústria de cosméticos, e calçados femininos. Em 2009, as inscrições passaram de 130 mil universitários de todo o Brasil, que teve como tema a administração de uma empresa de brinquedos artesanais.

O Desafio Sebrae que terá duração de 6 meses, funciona por meio de um software de gerenciamento que avalia as decisões das equipes em ambientes que simularão o funcionamento do mercado. Como prêmio, os vencedores ganharão uma viagem internacional, bolsas de estudo e iPads. A taxa de inscrição é de R$50 por equipe.

Para participar, os universitários devem fazer suas inscrições no site do Desafio Sebrae até 11 de Maio

O Desafio que começou a ser idealizado em 1997 pelo Sebrae em parceria com a Coppe/UFRJ, já apresentou como tema de negócios: perfumes, moda surfware, indústria de material esportivo.

Em 2010, o jogo chegou mais moderno, funcional, interativo e em 3D a fim de oferecer aos universitários a possibilidade de exercer o talento empreendedor, enfrentando a administração virtual de uma empresa de instrumentos musicais. Em sua 12ª edição, o Desafio Sebrae chega com outras inúmeras inovações na plataforma tecnológica do jogo tornando-o mais moderno e interativo.

Fonte: http://www.desafio.sebrae.com.br/Site/Index

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cartilha de uso consciente de sacolas plasticas Saco é um Saco

As Cartilhas Saco é um Saco estão disponíveis para download! Para acessá-las, visite o site www.mma.gov.br/consumosustentavel. Os links estão disponiveis no final do post.
As cartilhas lançadas pelo MMA na sede da Abras manhã do Dia do Consumidor, foram editadas a partir do sucesso da experiência da campanha Saco é um Saco e de outras iniciativas surgidas no País para a solução do problema do consumo excessivo de sacolas plásticas. São três volumes, destinados a públicos específicos: gestores municipais, instituições públicas e privadas e consumidores.
No Volume 1 – Orientações para Municípios são apresentadas ideias, sugestões e ferramentas úteis que possibilitam a municipalização da campanha Saco é um Saco, estimulando gestores públicos municipais a tornarem-se os catalisadores desse processo. São orientações sobre a importância de estabelecer parcerias relevantes, de envolver os segmentos afins como cooperativas de catadores e associações de consumidores, e do uso de diferentes mídias para favorecer a divulgação da campanha municipal.
No Volume 2 – Orientações para Instituições Públicas ou Privadas, apresentamos a experiência da campanha em promover articulações entre os setores envolvidos, de maneira a viabilizar sua realização. Esperamos, dessa forma, demonstrar como é possível a instituições públicas, privadas e da sociedade civil organizada – como escolas, universidades, empresas, autarquias e organizações não-governamentais (ONGs) – iniciar um movimento para a redução do consumo de sacolas plásticas em sua comunidade.
No Volume 3 – Orientações para Consumidores, queremos mostrar ao cidadão-consumidor que está em suas mãos o poder de mudar a atual realidade e de fato reduzir a quantidade de sacolas plásticas circulando em seu município, no Brasil e no mundo. A cartilha oferece dicas para facilitar a mudança de hábitos do consumidor, apresentando alternativas para o acondicionamento de compras e de lixo. Também propõe formas de envolver a família e a comunidade neste movimento.
Em todas as cartilhas são encontrados exemplos de experiências internacionais e nacionais, assim como fatos e impactos ambientais que justificam a ação do Governo e da sociedade para reduzir a quantidade de sacolas plásticas consumidas no Brasil.
As cartilhas contam com o apoio da Abras e da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA). A primeira tiragem é de 15 mil exemplares, sendo cinco mil de cada volume. 150 kits com as três cartilhas foram distribuídas no evento de lançamento. As demais serão divididas entre as três entidades para distribuição.
No MMA, as cartilhas serão distribuídas pela Coordenação de Consumo Sustentável com apoio do CID Ambiental, podendo ser solicitadas pelo email: consumosustentável@mma.gov.br. Mas, lembrando nosso compromisso com o meio ambiente, sugerimos que as cartilhas em meio eletrônico sejam a preferência de todos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Aprovado recolhimento de sacolas plásticas no comércio de Olímpia (São Paulo)

Ter, 15 de Março de 2011 19:52

A Câmara Municipal de Olímpia aprovou na sessão ordinária realizada na noite da segunda-feira, dia 14, Projeto de Lei número 4325/2011, de autoria do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, dispondo sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais no município de Olímpia.

A proposta, que já tinha sido aprovado em 1º turno na sessão do dia 28 de fevereiro, entrou em pauta novamente com algumas emendas de alteração. Agora o projeto necessita apenas de ser aprovado em redação final, que, em razão de não haver mais discussão, não será mais alterado

A lei prevê o recolhimento das sacolas compostas de polietilenos, polipropilenos ou similares. O prazo de adaptação às novas regras depende do porte do estabelecimento. Microempresas e pequenas empresas têm de um ano a 180 dias para se adaptarem; demais sociedades e empresários titulares têm 90 dias.

Após a sanção da lei, algumas empresas deverão obrigatoriamente, receber sacolas plásticas entregues por consumidores, independente de seu estado de conservação e origem, tornando-se responsáveis por sua destinação apropriada. Com objetivo de colocá-las à disposição do ciclo de reciclagem e proteção ao meio ambiente.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dia do Consumidor: MMA e supermercados ampliam campanha Saco é um Saco

Foto MMA e supermercados ampliam campanha Saco é um SacoNesta terça-feira (15/3), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou, em São Paulo (SP), três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas plásticas

15/03/2011
Cristina Ávila

A indústria brasileira deixou de produzir 5 bilhões de sacolas plásticas entre 2009 e 2010, desde o início da campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Nesta terça-feira (15/3), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou, em São Paulo (SP), três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas.

"Podemos celebrar esse dia emblemático. O Governo faz a campanha, mas sem a parceria com a Abras não chegaríamos a resultados tão significativos", disse a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo, que representou a ministra Izabella Teixeira no evento realizado na sede da associação, na capital paulista. Para Samyra, o encontro foi "uma convocação para a adesão de outras empresas" ao movimento nacional. Ela ainda lembrou que a aliança entre o MMA e Abras é um exemplo da responsabilidade compartilhada prevista pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos e pelo Plano Nacional de Produção e Consumo.

Durante o evento, a Abras apresentou o seu Plano de Ação Sustentável, que dedica um capítulo especial às ações de redução do consumo de sacolas plásticas, e demonstrará o que será necessário implementar para que os quase 76 mil estabelecimentos espalhados por todo País consigam alcançar as metas firmadas com o Ministério.
 
O pacto setorial com a Abras é uma iniciativa que segue as diretrizes da proposta do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) do MMA, que esteve sob consulta pública no final de 2010. Agora o PPCS está em fase de consolidação, e o Plano da Abras constará como pacto setorial para varejo e consumo sustentáveis.

Cartilha - Com apoio da Abras e da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), durante o encontro o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, e a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, lançam três cartilhas da campanha Saco é um Saco, que mostram como organizar campanhas de uso consciente de sacolas plásticas para gestores municipais e instituições públicas e privadas, e dá dicas de redução para consumidores.

Serão 15 mil exemplares, sendo cinco mil de cada cartilha. A parceria com a Anamma levará as publicações aos municípios por meio de suas diretorias estaduais, onde gestores públicos e comerciantes locais poderão adotar estratégias que ajudem o consumidor a reduzir seu consumo de sacolas plásticas. Além disso, a associação também distribuirá as cartilhas em seus encontros nacional e estaduais que serão realizados durante o ano. As cartilhas estarão disponíveis em formato eletrônico (.pdf) no site do MMA, nos sites da campanha Saco é um Saco e dos seus parceiros. Quem tiver interesse também poderá solicitá-las ao Centro de Informação e Documentação do MMA, enviando e-mail para cid@mma.gov.br.


Leia a matéria completa: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=6542

Leia mais: MMA e Abras promovem ações pelo Dia do Consumidor

segunda-feira, 14 de março de 2011

Consumidores não mudam os hábitos: A lei foi para o saco?

SACOLAS PLÁSTICAS
Publicado em 12/3/2011, às 18h32

Júlio Black
Em vigor desde julho do ano passado, a lei estadual 5.502 - que determina que o comércio fluminense substitua as sacolas plásticas por bolsas reutilizáveis - encontra dificuldades para ser cumprida em Volta Redonda, entrando no rol das boas idéias que não "pegam". Basta um rápido giro por supermercados e estabelecimentos comerciais em geral para ver que, mesmo com o oferecimento de bolsas reutilizáveis a preços acessíveis e a fixação da legislação nas paredes do comércio, a determinação encontra resistência por parte - principalmente - dos clientes.
Luciano Luiz da Silva, gerente em uma loja de departamentos na Vila Santa Cecília, declarou que a lei chegou a influir no comportamento dos consumidores a princípio - com muitos trazendo os próprios sacos plásticos de casa ou mesmo bolsas reutilizáveis -, mas que logo a situação voltou praticamente a ser a mesma do período anterior à determinação, apesar de a loja vender as chamadas sacolas retornáveis e dar o desconto de três centavos nas comprar a cada cinco sacolas de plástico entregues.
- O esquema para o recebimento de sacolas continua até hoje, mas não com a mesma intensidade. Procuramos fazer a nossa parte, com um depósito para recebermos as sacolas antigas. Também tentamos dar a sacola de acordo com o tamanho e o peso da mercadoria, evitando usar duas sacolas para o mesmo produto, já que elas são resistentes - declarou Luciano, lembrando que a empresa tem por política auxiliar no cumprimento da lei. - Somos orientados a perguntar ao cliente se ele trouxe sua própria sacola, além das placas informando sobre a lei. Também temos um recipiente na saída da loja para recolhermos as sacolas.
O gerente disse ainda que poucos clientes reclamaram da medida no início da aplicação da lei, mas que seria preciso que a campanha de conscientização continuasse para que ela se tornasse realmente efetiva.
- O que não é cobrado não é feito, infelizmente. Se houvesse fiscalização a lei seria cumprida, depois do início não se fala mais nisso (fiscalizar) - criticou.

Preocupação antiga
Segundo a gerente de um supermercado localizado no mesmo bairro, Rosemeire Pessoa, a empresa em que trabalha também oferece o desconto para quem leva as próprias embalagens, destacando que muitos ainda solicitam caixas de papelão do estabelecimento para carregarem suas compras.
- A empresa trabalha há muito tempo com essa questão da reciclagem, tanto que produzimos bolsas feitas com as faixas promocionais, que são vendidas a preço de custo. São vendidas entre 20 a 30 por mês - afirmou.
Rosemeire disse, ainda, que não houve muita resistência por parte dos clientes que, segunda ela, já têm consciência da questão ambiental. Além disso, os funcionários já são orientados a perguntar aos consumidores na hora do pagamento das compras se estes já trouxeram de casa suas sacolas, o que seria uma forma de estimular o novo hábito.
- É uma coisa que demora um pouco. O poder público ajudaria - e muito - se deixasse as sacolas biodegradáveis mais baratas. Buscamos fazer a nossa parte - garantiu, lembrando que até hoje o supermercado não recebeu qualquer tipo de fiscalização sobre o tema.

Consumidores não mudam os hábitos
Se a fiscalização ainda não deu o ar da graça, os consumidores também não adotaram a prática - pelo menos por enquanto - de cobrarem das empresas a aplicação da lei, e tampouco se habituaram a carregarem sacolas de casa ou mesmo as reutilizáveis.
A vendedora Edna da Silva, 32, é uma que sempre usa os sacos oferecidos pelo comércio.
- É um hábito difícil de se mudar. Muitas vezes saímos sem pensar em comprar algo. Eu mesma estou na fila, agora, e não vim à rua pensando em fazer compras - justificou, reconhecendo que nunca compra as bolsas reutilizáveis.
Para a vendedora a lei é uma boa idéia que vai melhorar o meio ambiente, mas que ainda vai demorar a ser plenamente cumprida. No seu entender, uma campanha ajudaria a incentivar a mudança no hábito dos consumidores.

Outra que também não tem o costume de levar sacolas de casa e sempre aceita as oferecidas pelo comércio é a aposentada Neuza Almeida Silva, 50.
- Eu nunca comprei essas bolsas que eles oferecem, mas acredito que mudarei o comportamento com o passar do tempo. Eu tenho uma amiga que sempre anda com essas bolsas para todo lado, e quero ter o mesmo costume que ela - disse.
Ao contrário de Edna, ela não acredita que a lei vá mudar o modo de agir da população.
- Infelizmente acho que [essa lei] não vai pra frente, é uma tradição do brasileiro não cumprir certas regras. Em um país mais rico seria diferente - acredita.

Punição pode passar dos vinte mil reais
Sancionada em 15 de julho de 2009, a lei estadual 5.502 passou a vigorar um ano depois para as grandes empresas determinando o recolhimento de sacolas plásticas feitas de polipropileno, polietileno ou similares por bolsas reutilizáveis. No caso das pequenas empresas a determinação vale a partir de 2012 e, para as microempresas, um ano depois. Quem não se adaptar à legislação é obrigado a receber as sacolas dos consumidores, não importando a origem ou estado de conservação. Além do recolhimento, é obrigatória a adoção de um dos dois tipos de permuta: desconto de R$ 0,03 a cada cinco sacos entregues ou o fornecimento de um quilo de arroz ou feijão ou produto que faça parte da cesta básica a cada 50 sacolas devolvidas.
Quem descumprir a lei está sujeito à multa calculada pela UFIRs-RJ (Unidade Fiscal de Referência), que pode varias entre R$ 213,52 e R$ 21.352.
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Em seis meses, Jundiaí retirou de circulação 480 toneladas de plástico

Campanha pioneira implantada na cidade pretende extinguir as sacolinhas plásticas tradicionais, substituindo por opções de embalagens retornáveis e métodos alternativos de transporte de mercadoria.

  


Por Redação da EcoAgência, com informações da Apas e Global Garbage
A campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em Jundiaí, no interior paulista, aboliu as sacolas plásticas dos supermercados daquela cidade. De acordo com o diretor de Convênios Apas, Edivaldo Bronzeri, nos últimos seis meses Jundiaí retirou de circulação 480 toneladas de plástico, o que equivale a 132 milhões de sacolinhas -  95% das sacolas plásticas distribuídas na cidade. A partir do dia 18 de abril, Belo Horizonte será a primeira capital brasileira a adotar o programa. “A Apas pretende levar essa experiência para todo o Estado de São Paulo e para várias capitais do Brasil”, afirmou o diretor de Sustentabilidade da Apas, João Sanzovo Neto. Ele destacou o fato de a entidade ter sido procurada pelo Governo Estadual para a adoção de um termo de cooperação, que deverá ser assinado pelos supermercadistas com as prefeituras, simbolizando a mudança de mentalidade em favor do meio ambiente. “Essa solução foi a melhor parceria já realizada entre a sociedade civil e o poder público”, disse.

O diretor de Segurança Alimentar da Apas, Márcio Milan, esclareceu ainda que está sendo criado, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, um grupo de trabalho no Estado para certificar e dar legitimidade às sacolas biodegradáveis. “A campanha exige uma auditoria junto aos fabricantes de sacolas biodegradáveis para saber se estão usando a matéria-prima correta”, ressalta. A Apas – Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e tem 1.500 associados, que somam 2.600 lojas.

Idealizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) com o apoio da Prefeitura de Jundiaí (SP), Sindicato do Comércio Varejista e Câmara de Dirigentes Lojistas, a campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco mobilizou a cidade e contou com a adesão da grande maioria dos empresários supermercadistas. A campanha implantada na cidade pretende extinguir as sacolinhas plásticas tradicionais, substituindo por opções de embalagens retornáveis e métodos alternativos de transporte de mercadoria.

O município reduziu em 95% a distribuição das sacolas plásticas nos supermercados desde o início da campanha. Anteriormente Jundiaí produzia 22 milhões de sacolas/mês, o equivalente a 80 toneladas de plástico filme. O resultado foi possível com as sacolas biodegradáveis, que nesses seis meses já tiveram 12 milhões de unidades vendidas ao preço de R$ 0,19, e também com as bolsas em tecido TNT (um tecido produzido com fibras desorientadas e aglomeradas), capaz de acondicionar até 15 Kg, ao preço de R$ 1,85.

Alternativa ecológica

Durante anos, as sacolas plásticas foram adotadas pelos supermercados a fim de atender à necessidade do consumidor. Entretanto a percepção sobre o quanto o plástico prejudica o meio ambiente – e a demora na decomposição do material (cerca de 300 anos) – estimulou os empresários do setor a procurar alternativas ecológicas.

No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, a matéria-prima das sacolas plásticas, resultando na produção de 18 bilhões de sacolas. Calcula-se que determinado número dessas sacolas plásticas acabam servindo de lixeiras ou viram lixo, o que representa um volume de 9,7% de todo o lixo do país.

A campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco foi lançada no dia 27 de maio de 2010, na abertura da Eco Jundiaí, dando início à Semana do Meio Ambiente. O objetivo é engajar o comércio, que tem papel fundamental na conscientização e incentivo à população para utilizar sacolas retornáveis no lugar das sacolas plásticas, as quais estão sendo retiradas de circulação desde 30 agosto de 2010 em Jundiaí. O exemplo de Jundiaí também chegou em Monte Mor, na região de Campinas, onde desde o dia 14 de fevereiro as sacolas plásticas não são mais oferecidas aos consumidores.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Saco de Papel ou Plástico, qual deles é o verdadeiro vilão?


Veja o que há em comum entre o saco plástico e o saco de papel. Os dois são vilões? O que está por trás de um papel branquinho e uma sacolinha plástica? Acompanhe o rastro de resíduos da extração da matéria prima a o produto final.

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Veja Também: Saco de Papel ou Ecobag?
                       É verdade que existe uma mancha gigante de lixo plástico no oceano?

Fonte: Saco é um Saco

Sacolas de plástico: lei começa a vigorar em Minas

Entra em vigor, hoje, a Lei Municipal 9.529/2008 que restringe o uso de sacos e sacolas plásticas na capital mineira. No entanto, as empresas terão 45 dias para se adaptar à nova realidade. As multas começam a ser aplicadas, portanto, em 18 de abril. Durante esse período ocorrerá a campanha educativa "Sacola plástica nunca mais", nos pontos de venda do varejo, com o objetivo de incentivar o uso de alternativas sustentáveis como carrinhos, caixas de papelão e sacolas retornáveis (ecobags).

Trata-se de uma iniciativa de entidades do comércio varejista e da sociedade em apoio à lei. Juntos, o Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Associação Comercial de Minas (ACMinas), Associação Mineira de Supermercados (Amis), Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais (MDC-MG), Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) e Procon Municipal firmaram o compromisso de colaborar com a iniciativa, por meio de um protocolo de intenções assinado no dia 22.

"Belo Horizonte foi contemplada com uma lei muito bem-vinda. Será a primeira capital do país a restringir o uso das sacolas plásticas. As principais instituições envolvidas se organizaram para avançar além do que está estabelecido em lei. A legislação autoriza o uso de embalagens descartáveis amigas do meio ambiente, as compostáveis. No entanto, o movimento quer mais. Quanto menos descarte, mais saudável o ambiente", esclarece o coordenador da campanha, José Nogueira Soares Nunes.

As ações de conscientização já estão sendo realizadas nos pontos de venda do varejo. No entanto, será a partir de 13 de março que os consumidores terão acesso a panfletos explicativos, publicidade em jornais, revistas, TV e rádio.

Haverá também treinamento dos atendentes - o contato direto com os consumidores - para que eles estejam aptos a esclarecer a população sobre as mudanças e as alternativas à tradicional sacolinha plástica.

Retornável - Para estimular ainda mais a mudança de hábito, a campanha produzirá um modelo de sacola retornável, que será repassada a R$ 1,98 (preço de custo) a unidade nos pontos de varejo participantes a partir do dia 18 de abril.

Os consumidores também terão como alternativa as sacolas descartáveis compostáveis. Ainda novidade para o consumidor de Belo Horizonte, elas se assemelham à atual produzida de plástico, porém a matéria-prima principal é o amido de milho.

Por ser fabricada com o uso de material orgânico, a sua decomposição ocorre em até 180 dias, podendo servir de adubo para o solo. Assim como a sacola retornável, a compostável estará à venda no comércio varejista, ao valor fixo de R$ 0,19 a unidade, a preço de custo. A cobrança tem como um dos principais objetivos desestimular o uso de sacolas descartáveis, mesmo que sejam compostáveis. Ao mesmo tempo, faz justiça aos consumidores que utilizarem as sacolas retornáveis. "A sacola descartável compostável deve ser encarada pelos consumidores como emergencial", frisa Nunes.

Fonte: Sacolas de plástico: lei começa a vigorar 
          Sacolas plásticas estão proibidas em Belo Horizonte

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