Depois Belo Horizonte, Rio de Janeiro e diversas cidades do interior  Paulista, como Jundiaí, Sorocaba, Itu e Monte Mor, chegou a vez de  Cuiabá aderir à iniciativa que visa a acabar com o consumo de sacolas  plásticas em supermercados. O projeto de lei que determina a  substituição da tradicional sacolinha por embalagens biodegradáveis em  estabelecimentos comerciais foi aprovado por unanimidade nesta  terça-feira (26) na Câmara de Vereadores da capital matogrossense.
Em 13 capitais brasileiras, já está em vigor a lei que restringe o uso  das sacolas plásticas e em outras nove cidades há projetos sobre o mesmo  tema tramitando nas Câmaras Municipais.
“É de suma importância para a sobrevivência do meio ambiente,  principalmente do Pantanal de Mato Grosso, que haja modelos sustentáveis  de consumo que vão garantir melhores condições de vida para todos e das  futuras gerações”, justifica Júlio Pinheiro, autor da proposta.
Em Cuiabá, a adoção das novas embalagens será facultativa por três  anos. Depois, o descumprimento da lei poderá resultar em multa de R$ 1  mil e, em caso de reincidência, de R$ 2 mil. Quem persistir na infração  pode ter o estabelecimento interditado e o alvará de funcionamento  cassado.
No Estado de São Paulo existe um movimento para que todos os  supermercados entrem na campanha. Enquanto uma lei não é aprovada, o  governo paulista e a Apas (Associação Paulista de Supermercados)  planejam um acordo para acabar com as sacolinhas, que demoram mais de  cem anos para se decompor no meio ambiente. O projeto “Vamos Tirar o  Planeta do Sufoco” deve ser apresentado em maio.
A exemplo do que fazem as lojas da rede na Europa, o Carrefour Brasil  já anunciou em março que pretende eliminar até 2014, de forma gradual, o  uso de sacolas plásticas e incentivar a venda de outras opções de  embalagens sustentáveis, como as sacolas 100% biodegradáveis ou  retornáveis (de pano) e as caixas de papelão.
O novo modelo de sacola, que também começará a ser vendido a preço de  custo (R$ 0,19) em outros supermercados, é feito de uma resina especial  derivada do milho, que se decompõe em até 180 dias. As sacolas  retornáveis custam entre R$ 1,90 e R$ 15. Já as caixas são distribuídas  gratuitamente. A ideia é que a cobrança pelas embalagens desestimule a  sua utilização.
Segundo a Apas, são produzidas 210 mil toneladas de plástico filme por  ano no Brasil, que resultam que 18 bilhões de sacolas. Calcula-se que  elas representem 9,7% de todo o lixo produzido no país.
Em Jundiaí (a 58 km de São Paulo), a mesma campanha da Apas para banir  as embalagens pouco ecológicas foi considerada um sucesso e, por isso,  começa a ser exportadas para outras regiões. Em seis meses, 132 milhões  de unidades foram tiradas de circulação, o equivalente a 480 toneladas  de plástico. A redução representa 95% de tudo o que era distribuído  antes da campanha, que contou com forte apoio dos moradores.
No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, o uso de sacolas plásticas  feitas com derivados de petróleo é proibido por lei. Na capital  fluminense, quem optar por não usar a embalagem tradicional vai ganhar  desconto nas compras. A cada grupo de cinco itens comprados, haverá um  abatimento de R$ 0,03 do valor total da compra. O consumidor que  devolver sacolas plásticas também será beneficiado: a cada 50 unidades, o  cliente ganha um quilo de arroz ou feijão.
Fonte: 
Noticias Uol.com.br - Cotidiano