quinta-feira, 7 de abril de 2011

Japonês inventa máquina que transforma plástico em óleo (petróleo)

No vídeo abaixo (narração em japonês legendada em inglês), oferecido pela Universidade das Nações Unidas, o Sr. Akimori Ito da japonesa Blest Corporation, apresenta sua invenção revolucionária, uma máquina que transforma plástico novamente em petróleo, ou seja, retornando o que poderia ser considerado lixo à sua própria matéria prima e dando muitos novos usos ao produto.

Sua máquina, consideravelmente pequena e portátil, aquece o plástico à centenas de graus Célsius, gerando o gás que se desloca ao recipiente conectado por um tubo na parte superior. Neste recipiente encontra-se água de torneira, responsável por resfriar o gás e, assim, converter em óleo. Esse óleo pode ser convertido posteriormente em gasolina, diesel ou querosene, podendo ser inclusive usado para abastecer veículos, geradores de energia ou fogões.
O processo converte 1Kg de plástico em aproximadamente 1 Litro de petróleo


Fonte:  United Nations University, Projeto Reciclar e Meu Mundo Sustentavel

Desafio Sebrae de 2011 será sobre Veículos Sustentáveis

Hoje, faltam 35 dias para o fim das inscrições para a 12ª edição do Desafio Sebrae, um jogo virtual destinado à universitários que tem como objetivo simular o dia-a-dia de uma empresa. Esse ano, os participantes terão que administrar uma indústria de bicicletas, um meio de transporte ecologicamente eficiente do ponto de vista do planeta e da vida de cada um de nós.
Além das mudanças nas condições ambientais, ocorre também, algo semelhante à realidade do mundo dos negócios: as decisões das empresas alteram as condições do mercado e o cenário do jogo.
flores, indústria moveleira, indústria de cosméticos, e calçados femininos. Em 2009, as inscrições passaram de 130 mil universitários de todo o Brasil, que teve como tema a administração de uma empresa de brinquedos artesanais.

O Desafio Sebrae que terá duração de 6 meses, funciona por meio de um software de gerenciamento que avalia as decisões das equipes em ambientes que simularão o funcionamento do mercado. Como prêmio, os vencedores ganharão uma viagem internacional, bolsas de estudo e iPads. A taxa de inscrição é de R$50 por equipe.

Para participar, os universitários devem fazer suas inscrições no site do Desafio Sebrae até 11 de Maio

O Desafio que começou a ser idealizado em 1997 pelo Sebrae em parceria com a Coppe/UFRJ, já apresentou como tema de negócios: perfumes, moda surfware, indústria de material esportivo.

Em 2010, o jogo chegou mais moderno, funcional, interativo e em 3D a fim de oferecer aos universitários a possibilidade de exercer o talento empreendedor, enfrentando a administração virtual de uma empresa de instrumentos musicais. Em sua 12ª edição, o Desafio Sebrae chega com outras inúmeras inovações na plataforma tecnológica do jogo tornando-o mais moderno e interativo.

Fonte: http://www.desafio.sebrae.com.br/Site/Index

terça-feira, 5 de abril de 2011

Lei proíbe uso de sacolas plásticas em Itapetininga-SP

25/03/2011 - 15h32

Sorocaba - Uma lei aprovada ontem pela Câmara de Itapetininga, a 162 km de São Paulo, proíbe o uso de sacolas plásticas para acondicionar produtos em qualquer estabelecimento comercial da cidade. A medida só não se aplica às embalagens originais das mercadorias ou ao acondicionamento de produtos para serem levados até o caixa do estabelecimento.

Para entrar em vigor, a lei depende da sanção do prefeito Roberto Ramalho (PMDB). De acordo com o presidente da Câmara, Fuad Isaac (PT), todos os vereadores assinaram o projeto. O prefeito deve receber a lei aprovada na próxima semana e tem prazo de 60 dias para regulamentar a norma.

Os estabelecimentos terão até o dia 21 de setembro, data do início da primavera, para se adequarem. A lei prevê multas de R$ 126 a R$ 603 em caso de descumprimento e, se a desobediência persistir, pode acarretar a interdição do estabelecimento e a cassação do alvará de funcionamento.

Isaac estima que três milhões de sacolas plásticas deixarão de ir para o lixo todo mês. Parte desse material é lançada no meio ambiente e tem agravado o problema das enchentes na cidade, segundo ele. Além dos benefícios ao meio ambiente, o vereador prevê um aumento na vida útil do aterro sanitário do município, já que as sacolinhas representam 12 toneladas de lixo a mais por ano. 
 

Lei contra sacolinhas vai ter uma campanha em Americana (São Paulo)

05/04/2011

A partir de terça-feira, a Secretaria de Meio Ambiente de Americana vai começar um trabalho de conscientização sobre a proibição de sacolas plásticas na cidade. A lei que impede o uso dos produtos no município entra em vigor no dia 5 de junho.
Por dois meses, a equipe da pasta vai promover uma campanha, que será baseada em visitas às empresas, comércios, escolas, igrejas e demais entidades. O objetivo é explicar a legislação e estimular a população a mudar de hábito. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Americana, Jonas Santarosa, a campanha é de fundamental importância para o município. “Faremos o possível para divulgar a lei e fazer com que a população consiga compreender o objetivo dessa proibição.”
A proibição foi motivada a partir do material do qual as sacolas são compostas, que poluem o meio ambiente. O polietileno ou os derivados do petróleo, utilizados nas sacolinhas, contribuem para a impermebealização do solo e de aterros e lixões. Elas levam 400 anos para se decompor e obstruem pontos de drenagem de chuvas. | MARINA ARANHA

Mortas pela poluição: Centenas de pedaços de plástico são encontrados dentro do estômago de tartarugas marinhas

É inacreditável, mas os objetos que você vê nesta foto foram resgatados no estômago de uma tartaruga marinha jovem que perdeu sua batalha contra o aumento de poluição.
Ambientalistas dizem que a imagem ilustra o número de vítimas mortais que a nossa cultura de desperdício está fazendo.
De acordo com o Daily Mail, o problema é que as tartarugas marinhas são propensas a confundir sacos de plástico com águas-vivas, um dos seus alimentos favoritos. O plástico acaba bloqueando o trato digestivo e levando a uma morte lenta e agonizante.
A tartaruga que serviu como exemplo foi encontrada bem próximo no nós, na Argentina.
Em todo o mundo, 260 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano. Um bilhão de sacolas são distribuídas gratuitamente todos os dias e, até três em cada 1000 acabam navegando pelo oceano.
Não é necessário dizer o quanto somos responsáveis por isso.

Fonte: colunistas.ig.com.br

Itália confirma proibição de sacolas plásticas


Tribunal italiano confirma proibição das sacolas plásticas
O TAR (Tribunal Administrativo Regional) do Lazio confirmou a proibição da comercialização de sacolas plásticas. Os juízes da 3ª Secção do TAR, presididos por Giuseppe Daniele, rejeitaram o pedido com que a Unionplast (indústria e comércio de embalagens) e quatro fabricantes solicitavam a suspensão da medida com a qual o Ministério do Meio Ambiente proibiu a partir de 1º de janeiro passado a comercialização de sacolas plásticas.
“É uma grande satisfação a confirmação do TAR da proibição de comercializar estas embalagens. O fim das sacolas é uma diretriz de grande valor ambiental”, comentou Stefano Ciafani, responsável científico da Legambiente (a maior organização ambiental da Itália, com 20 agências regionais e mais de 115 mil associados em todo o país), sobre a decisão do TAR do Lazio de recusar o pedido das empresas e de Unionplast pela suspensão da medida (introduzida, no papel, na Lei das Finanças de 2007) que proíbe o uso das tradicionais sacolas plásticas desde o início do ano.
A Legambiente interveio ‘ad opponendum’ contra o recurso dos produtores de embalagens plásticas, dando respaldo aos “motivos do Ministério do Meio Ambiente” e “em defesa de uma lei inovadora que coloca a Itália (onde se consomem 25% das sacolas comercializadas nos 27 Estados-membros) na vanguarda em relação ao problema da poluição causada por estas embalagens”.
Esta proibição, acrescenta Ciafani – nos coloca “na Europa e no mundo entre os países mais virtuosos justamente por ser uma norma de grande valor ambiental”.

Fonte – Rádio Italiana
             Fundo Verde

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cartilha de uso consciente de sacolas plasticas Saco é um Saco

As Cartilhas Saco é um Saco estão disponíveis para download! Para acessá-las, visite o site www.mma.gov.br/consumosustentavel. Os links estão disponiveis no final do post.
As cartilhas lançadas pelo MMA na sede da Abras manhã do Dia do Consumidor, foram editadas a partir do sucesso da experiência da campanha Saco é um Saco e de outras iniciativas surgidas no País para a solução do problema do consumo excessivo de sacolas plásticas. São três volumes, destinados a públicos específicos: gestores municipais, instituições públicas e privadas e consumidores.
No Volume 1 – Orientações para Municípios são apresentadas ideias, sugestões e ferramentas úteis que possibilitam a municipalização da campanha Saco é um Saco, estimulando gestores públicos municipais a tornarem-se os catalisadores desse processo. São orientações sobre a importância de estabelecer parcerias relevantes, de envolver os segmentos afins como cooperativas de catadores e associações de consumidores, e do uso de diferentes mídias para favorecer a divulgação da campanha municipal.
No Volume 2 – Orientações para Instituições Públicas ou Privadas, apresentamos a experiência da campanha em promover articulações entre os setores envolvidos, de maneira a viabilizar sua realização. Esperamos, dessa forma, demonstrar como é possível a instituições públicas, privadas e da sociedade civil organizada – como escolas, universidades, empresas, autarquias e organizações não-governamentais (ONGs) – iniciar um movimento para a redução do consumo de sacolas plásticas em sua comunidade.
No Volume 3 – Orientações para Consumidores, queremos mostrar ao cidadão-consumidor que está em suas mãos o poder de mudar a atual realidade e de fato reduzir a quantidade de sacolas plásticas circulando em seu município, no Brasil e no mundo. A cartilha oferece dicas para facilitar a mudança de hábitos do consumidor, apresentando alternativas para o acondicionamento de compras e de lixo. Também propõe formas de envolver a família e a comunidade neste movimento.
Em todas as cartilhas são encontrados exemplos de experiências internacionais e nacionais, assim como fatos e impactos ambientais que justificam a ação do Governo e da sociedade para reduzir a quantidade de sacolas plásticas consumidas no Brasil.
As cartilhas contam com o apoio da Abras e da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA). A primeira tiragem é de 15 mil exemplares, sendo cinco mil de cada volume. 150 kits com as três cartilhas foram distribuídas no evento de lançamento. As demais serão divididas entre as três entidades para distribuição.
No MMA, as cartilhas serão distribuídas pela Coordenação de Consumo Sustentável com apoio do CID Ambiental, podendo ser solicitadas pelo email: consumosustentável@mma.gov.br. Mas, lembrando nosso compromisso com o meio ambiente, sugerimos que as cartilhas em meio eletrônico sejam a preferência de todos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Aprovado recolhimento de sacolas plásticas no comércio de Olímpia (São Paulo)

Ter, 15 de Março de 2011 19:52

A Câmara Municipal de Olímpia aprovou na sessão ordinária realizada na noite da segunda-feira, dia 14, Projeto de Lei número 4325/2011, de autoria do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, dispondo sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais no município de Olímpia.

A proposta, que já tinha sido aprovado em 1º turno na sessão do dia 28 de fevereiro, entrou em pauta novamente com algumas emendas de alteração. Agora o projeto necessita apenas de ser aprovado em redação final, que, em razão de não haver mais discussão, não será mais alterado

A lei prevê o recolhimento das sacolas compostas de polietilenos, polipropilenos ou similares. O prazo de adaptação às novas regras depende do porte do estabelecimento. Microempresas e pequenas empresas têm de um ano a 180 dias para se adaptarem; demais sociedades e empresários titulares têm 90 dias.

Após a sanção da lei, algumas empresas deverão obrigatoriamente, receber sacolas plásticas entregues por consumidores, independente de seu estado de conservação e origem, tornando-se responsáveis por sua destinação apropriada. Com objetivo de colocá-las à disposição do ciclo de reciclagem e proteção ao meio ambiente.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dia do Consumidor: MMA e supermercados ampliam campanha Saco é um Saco

Foto MMA e supermercados ampliam campanha Saco é um SacoNesta terça-feira (15/3), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou, em São Paulo (SP), três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas plásticas

15/03/2011
Cristina Ávila

A indústria brasileira deixou de produzir 5 bilhões de sacolas plásticas entre 2009 e 2010, desde o início da campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com instituições como a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Nesta terça-feira (15/3), Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, o MMA lançou, em São Paulo (SP), três cartilhas para orientar gestores, consumidores, instituições públicas e empresas privadas a atingirem metas de redução no uso de sacolas.

"Podemos celebrar esse dia emblemático. O Governo faz a campanha, mas sem a parceria com a Abras não chegaríamos a resultados tão significativos", disse a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo, que representou a ministra Izabella Teixeira no evento realizado na sede da associação, na capital paulista. Para Samyra, o encontro foi "uma convocação para a adesão de outras empresas" ao movimento nacional. Ela ainda lembrou que a aliança entre o MMA e Abras é um exemplo da responsabilidade compartilhada prevista pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos e pelo Plano Nacional de Produção e Consumo.

Durante o evento, a Abras apresentou o seu Plano de Ação Sustentável, que dedica um capítulo especial às ações de redução do consumo de sacolas plásticas, e demonstrará o que será necessário implementar para que os quase 76 mil estabelecimentos espalhados por todo País consigam alcançar as metas firmadas com o Ministério.
 
O pacto setorial com a Abras é uma iniciativa que segue as diretrizes da proposta do Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS) do MMA, que esteve sob consulta pública no final de 2010. Agora o PPCS está em fase de consolidação, e o Plano da Abras constará como pacto setorial para varejo e consumo sustentáveis.

Cartilha - Com apoio da Abras e da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (Anamma), durante o encontro o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, e a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, lançam três cartilhas da campanha Saco é um Saco, que mostram como organizar campanhas de uso consciente de sacolas plásticas para gestores municipais e instituições públicas e privadas, e dá dicas de redução para consumidores.

Serão 15 mil exemplares, sendo cinco mil de cada cartilha. A parceria com a Anamma levará as publicações aos municípios por meio de suas diretorias estaduais, onde gestores públicos e comerciantes locais poderão adotar estratégias que ajudem o consumidor a reduzir seu consumo de sacolas plásticas. Além disso, a associação também distribuirá as cartilhas em seus encontros nacional e estaduais que serão realizados durante o ano. As cartilhas estarão disponíveis em formato eletrônico (.pdf) no site do MMA, nos sites da campanha Saco é um Saco e dos seus parceiros. Quem tiver interesse também poderá solicitá-las ao Centro de Informação e Documentação do MMA, enviando e-mail para cid@mma.gov.br.


Leia a matéria completa: http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=6542

Leia mais: MMA e Abras promovem ações pelo Dia do Consumidor

segunda-feira, 14 de março de 2011

Consumidores não mudam os hábitos: A lei foi para o saco?

SACOLAS PLÁSTICAS
Publicado em 12/3/2011, às 18h32

Júlio Black
Em vigor desde julho do ano passado, a lei estadual 5.502 - que determina que o comércio fluminense substitua as sacolas plásticas por bolsas reutilizáveis - encontra dificuldades para ser cumprida em Volta Redonda, entrando no rol das boas idéias que não "pegam". Basta um rápido giro por supermercados e estabelecimentos comerciais em geral para ver que, mesmo com o oferecimento de bolsas reutilizáveis a preços acessíveis e a fixação da legislação nas paredes do comércio, a determinação encontra resistência por parte - principalmente - dos clientes.
Luciano Luiz da Silva, gerente em uma loja de departamentos na Vila Santa Cecília, declarou que a lei chegou a influir no comportamento dos consumidores a princípio - com muitos trazendo os próprios sacos plásticos de casa ou mesmo bolsas reutilizáveis -, mas que logo a situação voltou praticamente a ser a mesma do período anterior à determinação, apesar de a loja vender as chamadas sacolas retornáveis e dar o desconto de três centavos nas comprar a cada cinco sacolas de plástico entregues.
- O esquema para o recebimento de sacolas continua até hoje, mas não com a mesma intensidade. Procuramos fazer a nossa parte, com um depósito para recebermos as sacolas antigas. Também tentamos dar a sacola de acordo com o tamanho e o peso da mercadoria, evitando usar duas sacolas para o mesmo produto, já que elas são resistentes - declarou Luciano, lembrando que a empresa tem por política auxiliar no cumprimento da lei. - Somos orientados a perguntar ao cliente se ele trouxe sua própria sacola, além das placas informando sobre a lei. Também temos um recipiente na saída da loja para recolhermos as sacolas.
O gerente disse ainda que poucos clientes reclamaram da medida no início da aplicação da lei, mas que seria preciso que a campanha de conscientização continuasse para que ela se tornasse realmente efetiva.
- O que não é cobrado não é feito, infelizmente. Se houvesse fiscalização a lei seria cumprida, depois do início não se fala mais nisso (fiscalizar) - criticou.

Preocupação antiga
Segundo a gerente de um supermercado localizado no mesmo bairro, Rosemeire Pessoa, a empresa em que trabalha também oferece o desconto para quem leva as próprias embalagens, destacando que muitos ainda solicitam caixas de papelão do estabelecimento para carregarem suas compras.
- A empresa trabalha há muito tempo com essa questão da reciclagem, tanto que produzimos bolsas feitas com as faixas promocionais, que são vendidas a preço de custo. São vendidas entre 20 a 30 por mês - afirmou.
Rosemeire disse, ainda, que não houve muita resistência por parte dos clientes que, segunda ela, já têm consciência da questão ambiental. Além disso, os funcionários já são orientados a perguntar aos consumidores na hora do pagamento das compras se estes já trouxeram de casa suas sacolas, o que seria uma forma de estimular o novo hábito.
- É uma coisa que demora um pouco. O poder público ajudaria - e muito - se deixasse as sacolas biodegradáveis mais baratas. Buscamos fazer a nossa parte - garantiu, lembrando que até hoje o supermercado não recebeu qualquer tipo de fiscalização sobre o tema.

Consumidores não mudam os hábitos
Se a fiscalização ainda não deu o ar da graça, os consumidores também não adotaram a prática - pelo menos por enquanto - de cobrarem das empresas a aplicação da lei, e tampouco se habituaram a carregarem sacolas de casa ou mesmo as reutilizáveis.
A vendedora Edna da Silva, 32, é uma que sempre usa os sacos oferecidos pelo comércio.
- É um hábito difícil de se mudar. Muitas vezes saímos sem pensar em comprar algo. Eu mesma estou na fila, agora, e não vim à rua pensando em fazer compras - justificou, reconhecendo que nunca compra as bolsas reutilizáveis.
Para a vendedora a lei é uma boa idéia que vai melhorar o meio ambiente, mas que ainda vai demorar a ser plenamente cumprida. No seu entender, uma campanha ajudaria a incentivar a mudança no hábito dos consumidores.

Outra que também não tem o costume de levar sacolas de casa e sempre aceita as oferecidas pelo comércio é a aposentada Neuza Almeida Silva, 50.
- Eu nunca comprei essas bolsas que eles oferecem, mas acredito que mudarei o comportamento com o passar do tempo. Eu tenho uma amiga que sempre anda com essas bolsas para todo lado, e quero ter o mesmo costume que ela - disse.
Ao contrário de Edna, ela não acredita que a lei vá mudar o modo de agir da população.
- Infelizmente acho que [essa lei] não vai pra frente, é uma tradição do brasileiro não cumprir certas regras. Em um país mais rico seria diferente - acredita.

Punição pode passar dos vinte mil reais
Sancionada em 15 de julho de 2009, a lei estadual 5.502 passou a vigorar um ano depois para as grandes empresas determinando o recolhimento de sacolas plásticas feitas de polipropileno, polietileno ou similares por bolsas reutilizáveis. No caso das pequenas empresas a determinação vale a partir de 2012 e, para as microempresas, um ano depois. Quem não se adaptar à legislação é obrigado a receber as sacolas dos consumidores, não importando a origem ou estado de conservação. Além do recolhimento, é obrigatória a adoção de um dos dois tipos de permuta: desconto de R$ 0,03 a cada cinco sacos entregues ou o fornecimento de um quilo de arroz ou feijão ou produto que faça parte da cesta básica a cada 50 sacolas devolvidas.
Quem descumprir a lei está sujeito à multa calculada pela UFIRs-RJ (Unidade Fiscal de Referência), que pode varias entre R$ 213,52 e R$ 21.352.
 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Em seis meses, Jundiaí retirou de circulação 480 toneladas de plástico

Campanha pioneira implantada na cidade pretende extinguir as sacolinhas plásticas tradicionais, substituindo por opções de embalagens retornáveis e métodos alternativos de transporte de mercadoria.

  


Por Redação da EcoAgência, com informações da Apas e Global Garbage
A campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) em Jundiaí, no interior paulista, aboliu as sacolas plásticas dos supermercados daquela cidade. De acordo com o diretor de Convênios Apas, Edivaldo Bronzeri, nos últimos seis meses Jundiaí retirou de circulação 480 toneladas de plástico, o que equivale a 132 milhões de sacolinhas -  95% das sacolas plásticas distribuídas na cidade. A partir do dia 18 de abril, Belo Horizonte será a primeira capital brasileira a adotar o programa. “A Apas pretende levar essa experiência para todo o Estado de São Paulo e para várias capitais do Brasil”, afirmou o diretor de Sustentabilidade da Apas, João Sanzovo Neto. Ele destacou o fato de a entidade ter sido procurada pelo Governo Estadual para a adoção de um termo de cooperação, que deverá ser assinado pelos supermercadistas com as prefeituras, simbolizando a mudança de mentalidade em favor do meio ambiente. “Essa solução foi a melhor parceria já realizada entre a sociedade civil e o poder público”, disse.

O diretor de Segurança Alimentar da Apas, Márcio Milan, esclareceu ainda que está sendo criado, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, um grupo de trabalho no Estado para certificar e dar legitimidade às sacolas biodegradáveis. “A campanha exige uma auditoria junto aos fabricantes de sacolas biodegradáveis para saber se estão usando a matéria-prima correta”, ressalta. A Apas – Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e tem 1.500 associados, que somam 2.600 lojas.

Idealizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) com o apoio da Prefeitura de Jundiaí (SP), Sindicato do Comércio Varejista e Câmara de Dirigentes Lojistas, a campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco mobilizou a cidade e contou com a adesão da grande maioria dos empresários supermercadistas. A campanha implantada na cidade pretende extinguir as sacolinhas plásticas tradicionais, substituindo por opções de embalagens retornáveis e métodos alternativos de transporte de mercadoria.

O município reduziu em 95% a distribuição das sacolas plásticas nos supermercados desde o início da campanha. Anteriormente Jundiaí produzia 22 milhões de sacolas/mês, o equivalente a 80 toneladas de plástico filme. O resultado foi possível com as sacolas biodegradáveis, que nesses seis meses já tiveram 12 milhões de unidades vendidas ao preço de R$ 0,19, e também com as bolsas em tecido TNT (um tecido produzido com fibras desorientadas e aglomeradas), capaz de acondicionar até 15 Kg, ao preço de R$ 1,85.

Alternativa ecológica

Durante anos, as sacolas plásticas foram adotadas pelos supermercados a fim de atender à necessidade do consumidor. Entretanto a percepção sobre o quanto o plástico prejudica o meio ambiente – e a demora na decomposição do material (cerca de 300 anos) – estimulou os empresários do setor a procurar alternativas ecológicas.

No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, a matéria-prima das sacolas plásticas, resultando na produção de 18 bilhões de sacolas. Calcula-se que determinado número dessas sacolas plásticas acabam servindo de lixeiras ou viram lixo, o que representa um volume de 9,7% de todo o lixo do país.

A campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco foi lançada no dia 27 de maio de 2010, na abertura da Eco Jundiaí, dando início à Semana do Meio Ambiente. O objetivo é engajar o comércio, que tem papel fundamental na conscientização e incentivo à população para utilizar sacolas retornáveis no lugar das sacolas plásticas, as quais estão sendo retiradas de circulação desde 30 agosto de 2010 em Jundiaí. O exemplo de Jundiaí também chegou em Monte Mor, na região de Campinas, onde desde o dia 14 de fevereiro as sacolas plásticas não são mais oferecidas aos consumidores.

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