sexta-feira, 13 de maio de 2011

Marketing Verde

Acompanhando a tendência mundial de valorização do meio ambiente, muitas empresas estão investindo no chamado marketing verde. Os mais apreciados pelo consumidor estão aqueles que envolvem o tema consumo consciente.

É neste contexto que vimos colocar a sua consideração os nossos serviços de confecção de sacolas ecológicas personalizadas.

É importante salientar que os conceitos de ecologia, sustentabilidade e principalmente de consumo consciente aparecem na mídia todos os dias. Jornal do Almoço, Rádio Atlântida, Zero Hora e outros meios de comunicação expõem e incentivam o uso das sacolas ecológicas em suas programações.
  • 57% das grandes empresas brasileiras possuem algum projeto ambiental - Instituto Akatu 2005.
  • O Brasil está entre os países mais sensibilizados com o tema sustentabilidade - Ibope 2008.
  • 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente - Revista Época 2008

A competição das empresas pela consciência verde

21/07/2008 - 16:57 - Atualizado em 16/04/2009 - 16:40
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente
JULIANA ARINI E THAIS FERREIRA
Julio Bittencourt
CONSUMIDORA CONSCIENTE
Paula Canoletti com uma bandeja de cogumelos orgânicos em um supermercado. Ela diz que foi convencida por seu filho adolescente
Foi uma calça jeans de R$ 300 que despertou a publicitária Paula Canoletti para a questão ambiental. Ela entrou em casa e foi mostrar sua nova aquisição para o filho de 15 anos. Quando disse que era uma marca muito legal, ele rebateu: “Mãe, essa marca salva baleias, golfinhos ou protege animais em extinção? Se não faz isso, não é uma marca legal”. A crítica soou como um chamado para Paula repensar seus hábitos de consumo. Hoje, ela não faz mais compras por impulso. Também separa o lixo para reciclagem, compra produtos livres de agrotóxico e busca informações sobre o que coloca no carrinho de supermercado. Apesar de estar longe do perfil clássico de consumidor verde, disposto a boicotar os produtos que não são ambientalmente corretos, ela é um exemplo da mudança que está ocorrendo no perfil dos compradores brasileiros.
Uma pesquisa do Instituto Akatu, divulgada na semana passada, revelou que 74% dos brasileiros querem comprar produtos que não degradem o meio ambiente. O instituto é responsável pelos primeiros levantamentos nacionais sobre a relação entre consumo e as responsabilidades sociais e ambientais das empresas. “O que era um nicho de mercado hoje é uma exigência”, afirmou o diretor do Akatu, Hélio Mattar. O consumidor nunca teve tanto poder. “Ao fazer boas escolhas, nós influenciamos uma cadeia de indústrias e fornecedores cuja política ambiental determina o futuro da vida no planeta”, diz Mattar.
Hoje, quase todos os produtos que encontramos em uma prateleira de supermercado possuem algum argumento verde. É o pão produzido com cereais orgânicos, a caixa de bombom com papel que não desmata florestas, o lenço de papel que ajuda a preservar Fernando de Noronha, a pasta de dentes que financia a conservação da Mata Atlântica ou a lata de atum que foi pescada sem matar golfinhos. Existe até uma disputa entre a tábua de cortar carne feita com eucalipto de reflorestamento e outra opção, de madeira de árvores nativas retiradas de forma não-predatória. Como escolher? À medida que as opções se multiplicam, o desafio do consumidor é não se perder em uma nova selva de promessas verdes.
Vender uma boa imagem ambiental virou um negócio para as grandes redes varejistas. Um exemplo disso foi o lançamento de uma parceria entre a rede varejista Wal-Mart e a ONG Conservação Internacional (CI), na semana passada. Desde 2005, o Wal-Mart investe nas lojas próprias e seleciona os fornecedores para reduzir o impacto no meio ambiente. O engajamento ambiental da empresa surgiu quando o diretor da CI, Peter Seligmann, convidou o presidente do conselho de administração do Wal-Mart, Rob Walton, para pescar no Pantanal, aqui no Brasil. A amizade com Walton ajudou o ambientalista a conseguir uma reunião com o atual presidente da empresa, Lee Scott. “A neta de Scott havia acabado de nascer”, diz Seligmann. “E ele estava em um momento de repensar seu papel no mundo, principalmente em relação à questão ambiental e ao futuro que deixamos para nossos filhos e netos. Isso mudou a empresa.”
O Wal-Mart pretende zerar a produção de
lixo em suas lojas e usar só energia renovável
Hoje, o Wal-Mart tem as metas ambientais mais ambiciosas do mercado. Eles querem zerar a produção de lixo em suas lojas e ter supermercados abastecidos só com energia renovável. No Brasil, já existem duas lojas com esse padrão, ambas na Região Sul do país. “A política do Wal-Mart sempre foi de redução de custos. Hoje, pagamos mais por produtos ambientalmente corretos”, diz o vice-presidente da rede, Steve Dacus, enquanto anunciava a parceria com a CI. “Décadas atrás, isso seria uma heresia para nossos diretores. Mas hoje os próprios consumidores nos mostram que é o único caminho”.
Outras redes varejistas estão seguindo essa tendência, como o grupo brasileiro Pão de Açúcar. A empresa vai inaugurar em junho sua primeira loja verde, com reciclagem de lixo, menor consumo de energia e uma seleção de produtos ecologicamente corretos. A rede francesa Carrefour também quer melhorar sua imagem ambiental. Eles dizem que estão rastreando alguns produtos de seus fornecedores para eliminar práticas que causem prejuízos ecológicos.
Essa onda de compras com boa consciência ambiental surgiu para suprir uma demanda materna. O sociólogo inglês John Elkington, uma das maiores autoridades mundiais em sustentabilidade empresarial e fundador da consultoria Sustainability, foi um dos primeiros a desvendar essa história. “Os pioneiros surgiram na década de 80”, diz. “Eram mulheres divididas em dois grupos. Primeiro, as mães de filhos pequenos preocupadas com o futuro deles. Depois, mães de adolescentes que começaram a questioná-las sobre o que compravam.” Uma história muito parecida com a de Paula Canoletti.


Julio Bittencourt
INSPEÇÃO
Ota (ao centro) na central de embalagens de uma produtora de cogumelos. Ele fiscaliza as práticas ambientais das empresas para o selo orgânico do Instituto Biodinâmico (IBD)
As mulheres ainda representam 67% desse público, mas, hoje, o perfil do consumidor consciente mudou. Segundo Elkington, os compradores têm mais informações e questionam mais as empresas. Nos países desenvolvidos, as pessoas são muito ativas em premiar e punir as empresas. Nos Estados Unidos, cerca de 50% das pessoas estão dispostas a boicotar produtos com um passado ambiental ou social suspeito. “Além disso, o movimento foi além das fronteiras tradicionais da Europa e da América do Norte. Outras regiões do mundo, como Japão e Brasil, passaram também a ter grupos organizados de consumidores”, diz.
Os brasileiros estão mais conscientes quando compram. Cerca de 75% dos consumidores nacionais sabem que têm o poder de influenciar nas decisões das empresas. Mas apenas 24% estão dispostos a questionar os produtores diretamente ou boicotá-los. Os dados são da pesquisa do Akatu. O instituto também descobriu que os brasileiros acreditam cada vez menos no marketing verde e social. Caiu de 50% para 39% a taxa de pessoas que confiam na veracidade das ações ambientais e sociais promovidas por empresas. “É um alerta. O consumidor está mais atento”, diz Mattar.

Como explicar a desconfiança dos consumidores? Primeiro, existe uma dificuldade em desvendar os rótulos dos produtos. Isso acontece devido à mistura de falsas promessas com informações reais. “Eu quase comprei um produto que se dizia natural, acreditando que era orgânico”, diz Paula Canoletti. Ela afirma que vasculhou o rótulo, em busca de algum certificado de orgânico ou selo de procedência, e não encontrou nenhuma indicação. “Vi que era falsa propaganda”, diz. Outro engano comum é induzido pela presença do símbolo de reciclagem que acompanha algumas embalagens. “Isso significa que o recipiente pode ser reciclado. Mas nada garante que isso ocorra de fato”, diz Lisa Gunn, gerente de informação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). “A reciclagem depende de fatores como a coleta seletiva dos municípios e as condições da embalagem descartada.” Outro engano comum são as autodeclarações feitas por empresas. “Existem algumas latas de atum com informação de que a pesca ocorreu sem a morte de golfinhos. Mas não há nada que ateste isso. A empresa não foi auditada por um terceiro”.

Fonte: Época - Ciência e Tecnologia

terça-feira, 10 de maio de 2011

Americana se prepara para abolir sacolas plásticas em 30 dias

Faltam apenas 30 dias para que entre em vigor a Lei Municipal 5.026/10 que proíbe a distribuição de sacolas plásticas em Americana. A partir de 5 de junho todo o varejo local e a população terão que providenciar outras formas de acondicionar suas compras e produtos.

Para atender a lei e conscientizar a população, supermercadistas de Americana, reunidos pela APAS – Associação Paulista de Supermercados, com o apoio da ACIA, Prefeitura Municipal e Câmara Municipal, realizam a campanha “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”, que busca orientar a todos sobre o uso sustentável de sacolas retornáveis por meio da mídia e ações de educação ambiental

Segundo dados levantados pela SOLAM Soluções Ambientais, gestora da campanha, a procura por sacolas retornáveis e seu uso nas lojas da cidade dobrou nos últimos 30 dias. “A população já dá sinais de adesão à campanha, a prova disso é a aceitação das embalagens reutilizáveis e o aumento considerável das sacolas retornáveis.”, afirma Thiago Pietrobon, biólogo e diretor da Solam.

As expectativas são as melhores entre os supermercadistas que participam da campanha. Marcos Cavicchiolli, representante dos supermercadista na ACIA, ressalta que a retirada das sacolas plásticas no município é apenas um primeiro passo para ações de sustentabilidade em toda a região. “Os supermercadistas de Americana estão se unindo em prol do meio ambiente e com o apoio da população este será o início de muitas ações de sustentabilidade.”, finaliza Marcos.

Supermercados Participantes
  • Brait - Rua Josias Vilveira Camargo, 547
  • Brait - Rua Uruguai, 672
  • Cogo - Rua Álvaro de Mattos, 164
  • Falcão - Rua Carlos Vassalo, 252
  • Pague Menos – Av. de Cillo, 1840
  • Pague Menos – Av. Paschoal Ardito, 700
  • Pague Menos - Rua Antonio Conselheiro
  • Pague Menos - Rua do vaticano, 30
  • Paulistão - Av. Pref. Abdo Najar, 1264
  • Paulistão - Rua 30 de Julho, 477
  • Rede Smart - Av. Paulista, 762
  • Riviera - Rua Carlos A. Brassaroto, 428
  • São Vicente - Av. de Cillo, 2200
  • São Vicente - Rua das Azaléias, 678
  • São Vicente - Rua Evaristo Battistuzzi, 285
  • São Vicente - Rua Francisco Alves, 18
  • São Vicente - Rua João Bernestein, 630
  • São Vicente - Rua Maranhão, 1448
  • São Vicente - Rua Tamoio, 495
  • Tatu Shopping Frutas - Rua Quintino Bocaiuva, 112
  • Zanini - Av. Antonio Lobo, 615
  • Zanini - Av. Iacanga, 854
Lei Municipal

A Lei Municipal 5.026/10 proíbe o uso de sacolas plásticas em Americana a partir de 5 de junho deste ano. Em substituição às sacolinhas, os supermercadistas devem oferecer aos consumidores somente alternativas sustentáveis para acondicionar as compras, tais como sacolas biodegradáveis, eco-bags e caixas de papelão. A estimativa é que com a vigência da lei, válida para todos os estabelecimentos comerciais do município, Americana deixe de descartar no meio ambiente cerca de 60 toneladas mensais de sacolas plásticas.
 
Fonte:

segunda-feira, 9 de maio de 2011

II Feira de Sustentabilidade e Cultura

A II Feira de Sustentabilidade e Cultura da FTC Feira de Santana séra realizada nos dias 11 e 12 de maio no campus da faculdade situado na Rua Artêmia, S/N bairro SIM tendo como objetivo a exposição de empresas e projetos em stands, promovendo a reflexão e o empreendodorismo baseado nos pilares da sustentabilidade. A Sacola Prática participa do evento, agregando os conhecimentos adquiridos para fomentar a formação acadêmica tratando de um tema de suma importancia para os dias atuais.

sábado, 30 de abril de 2011

Dossiê Técnico: Informações Sobre o Tecido não Tecido (TNT)

Conforme a norma NBR-13370, não tecido é uma estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou manta de fibras ou filamentos, orientados direcional mente ou ao acaso, consolidados por processo mecânico (fricção) e/ou químico (adesão) e/ou térmico (coesão) e combinações destes.

O nome não-tecido vem do fato de que este material, não passa por teares, comuns na fabricação de tecidos, durante seu processo de fabricação. Assim sendo, as fibras não são tecidas pelo modo convencional, passando a ser designado como não-tecido. Suas fibras não são tramadas segundo um arranjo ordenado, mas sim, dispostas aleatoriamente.

O TNT é um material confeccionado em tecido a base de polipropileno e viscose que apresentam entre suas principais características o fato de serem atóxicas e semipermeáveis, impedindo a passagem de partículas ou gotas de fluidos contaminados, obedecendo assim os rígidos padrões de qualidade.

O TNT é um produto constituído com polímero 100% em polipropileno que permite fácil transformação no processo de fabricação (Spunbond) com filamentos contínuos termo soldados. Em outras palavras é um tecido produzido em processo semelhante ao de fazer papel. Fibras de polímero são prensadas na temperatura certa se fundindo e dando origem ao tecido fibroso. Também podem ser feitos com ligas de outros tecidos.

TNT Biodegradável

O tnt biodegradável feito com viscose que tem com matéria prima a madeira onde permite a sua biodegradação através da ação de bactérias que consomem o material e o transforma em nutrientes para o solo. Ex. pano de limpeza multiuso.

Os não tecidos biodegradáveis feitos com polipropileno no qual foi adicionado o aditivo oxibiodegradável PDQ-H®, que degradam em um tempo muito menor que os plásticos comuns, contribuindo para a redução de resíduos e do lixo urbano e para a preservação do meio ambiente. Os plásticos oxibiodegradáveis pertencem a uma categoria de polímeros degradáveis baseados em poliolefinas tradicionais (polietileno, polipropileno e poliestireno), nas quais é adicionado um catalisador que acelera a oxidação do polímero, causando sua quebra em moléculas menores que, diferentemente do polímero base, podem ser umedecidas por água. Esses fragmentos menores são então disponibilizados para os microrganismos existentes na natureza sob a forma de fonte de energia.

Os plásticos químicos, isto é, as poliolefinas, são uma excelente fonte de energia. Existem dois problemas práticos para a sua degradação:
  • Os microrganismos comumente associados aos processos biológicos trabalham em meios aquosos;
  • As cadeias poliméricas são muito grandes para serem ingeridas por microrganismos, e não contêm qualquer oxigênio. Por este motivo, a degradação das poliolefinas tradicionais é muito lenta e a sua decomposição é feita em um período de tempo significativo.
O PDQ-H®, misturado aos plásticos em sua fabricação, faz com que fatores como luz solar, umidade, temperaturas acima de 30º e stress do material, fragilizem as ligações entre os átomos. Com suas ligações atômicas fragilizadas, os plásticos aos poucos se decompõem em fragmentos facilmente digeríveis por microorganismos (bactérias, fungos, algas, etc.). Eles quebram as ligações entre os átomos de carbono e hidrogênio, liberando-os no ambiente.

Os átomos livres de carbono e hidrogênio entram em contato com o oxigênio presente no ambiente e formam novas moléculas de água e dióxido de carbono, ou seja, aquilo que exalamos na respiração. Assim o plástico "desaparece" sem deixar quaisquer resíduos nocivos ao meio ambiente.

TNT Degradável

O tnt degradável é feito com polipropileno que tem como matéria prima o petróleo.

O tnt degradável quando exposto ao sol em 30 dias ele racha e vira pó, reduzindo o tamanho das moléculas possibilitando a biodegradação do material. As aparas de tecido e sacolas de tnt de polipropileno podem retornar a sociedade em forma de outros produtos plásticos ou como alças para sacola prática quando descartadas em pontos de coleta da sacola pratica ou pontos de coleta seletiva que as destinam a reciclagem correta transformando-a em matéria prima reciclada.

Caso a sacola em tnt de polipropileno tenha seu descarte de forma errada e jogada em lixões e aterro sanitários inadequados, a forma como a manta de tecido não tecido é fabricada não permite o acumulo de gás metano que é um dos gases do efeito estufa e facilita a biodegradação do que contém na sacola isso é possível pela existência de micro furos permitindo a passagem de oxigênio onde os fios são aglomerados de forma ordenada e direcionada, e não aleatória como os tecidos produzidos em teares.

O não-tecido é composto 100% de polipropileno, que é um material atóxico. Além disso, o não-tecido não possui afinidade com a água (hidrofóbico), o que dificulta a ação de fungos. Com a adição de aditivos o tnt pode se tornar hidrofílico, permite passagem de líquidos.

O prazo de validade do não tecido é de 3 anos, mas as condições de estocagem, listadas abaixo devem ser seguidas, para a conservação do não-tecido:

Local de armazenagem
  • Material deve ser armazenado em local seco;
  • Sem incidência de luz solar direta;
  • A temperatura ambiente (15 à 35o C);
  • A embalagem deve ser mantida em perfeito estado de conservação e sem violação.
Degradação / Biodegradação

  • Degradação: processo segundo o qual, grandes moléculas são quebradas em moléculas menores ou fragmentos. Geralmente, ocorre a incorporação de oxigênio nesses fragmentos moleculares. De uma forma geral, os filmes rígidos e resistentes se tornam fragilizados como resultado da degradação oxidativa. Isso ocorre porque as moléculas que formam o filme se tornam muito menores. A degradação pode ser causada (ou iniciada) pela ação do calor, umidade, exposição ao sol (UV), e acelerada por stress / manuseio do material.
  • Biodegradação: é o processo segundo o qual microrganismos (bactérias, fungos ou algas) convertem materiais em biomassa, dióxido de carbono e água. Biomassa é um termo genérico usado para fazer referência às células dos microrganismos que estão utilizando o material como uma fonte de carbono para o seu crescimento.
Informações Extra
    O plástico petroquímico, como é o caso do polipropileno, além de não se decompor quando jogado em lixões e aterros, cria uma camada impermeável que prejudica a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis, impedindo a circulação de líquidos e gases. Nos aterros sanitários, além de demorar muito tempo para degradar, impede ou atrasa a degradação dos resíduos que estiverem em seu interior; isto resulta em espaço precioso nos aterros sanitários e efeitos danosos ao solo e à saúde pública.
    Para evitar estes transtornos, sugere-se que os resíduos / perdas de não tecido sejam vendidos ou doados a empresas de reciclagem, pois o polipropileno não é um produto biodegradável e sua decomposição é lenta (consultar a resposta técnica no site do SBRT, como segue: http://www.sbrt.ibict.br/upload/sbrt43635.pdf - reciclagem de TNT).

    Outra possibilidade de utilização para não agressão ao meio ambiente, são os tecidos não tecidos que sejam biodegradáveis. Estes tecidos são feitos com polipropileno no qual foi adicionado o aditivo oxibiodegradável PDQ-H®, que degradam em um tempo muito menor que os plásticos comuns, contribuindo para a redução de resíduos e do lixo urbano e para a preservação do meio-ambiente.

    Fontes:
    ABINT Associação Brasileira Indústrias de Não tecidos e Tecidos Técnicos - http://www.abint.org.br
    Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://www.sbrt.ibict.br

    terça-feira, 19 de abril de 2011

    Reunião discute proibição das sacolas plásticas - Maringá PR

    05/04/2011 às 02:00
    O uso indiscriminado das sacolas plásticas e a proposta da adoção de sacolas retornáveis serão debatidos por ambientalistas amanhã, às 19h30, na Câmara Municipal, em reunião pública promovida pela ONG Funverde.
    O órgão espera mobilizar os vereadores a aprovarem lei municipal que proíba a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos supermercados (e similares) de Maringá.

    Segundo levantamento da ONG, o consumo de sacolas plásticas pelos maringaenses chega a 30 milhões de unidades por mês e representa 10% de todo o lixo doméstico gerado diariamente na cidade.

    Leia também:

    Uma análise sobre o estudo do Reino Unido acerca do impacto de diversos tipos de sacolas para compras no aquecimento global

    A Agência Ambiental do Reino Unido lançou em fevereiro um estudo sobre análise do ciclo de vida de sacolas plásticas e suas alternativas, realizado para subsidiar políticas públicas e ações do setor privado quanto à questão, além de informar o próprio cidadão britânico. O estudo chegou a conclusões interessantes ao comparar as sacolas plásticas convencionais a alternativas como sacolas oxi-degradáveis, de TNT (tecido-não-tecido), de bioplásticos e sacolas de algodão (retornáveis). No entanto, a divulgação observada no Brasil se resumiu a apenas uma destas conclusões: sacolas plásticas teriam menos impacto no aquecimento global que sacolas de algodão.

    Esta conclusão vai ao encontro da posição da indústria de sacolas plásticas, que garante serem as sacolinhas uma alternativa ambientalmente amigável sob muitos pontos de vista, mesmo quando comparadas às sacolas retornáveis. Segundo o estudo, para que uma sacola retornável tenha potencial de aquecimento global inferior ao potencial de uma sacola plástica convencional, ela teria de ser reutilizada 171 vezes. O problema é o enviesamento desta conclusão: uma sacola retornável possivelmente será usada 171 vezes, enquanto uma sacola plástica é, por natureza, /single-used/ - de uso único, descartável.

    Colocando em um exemplo prático fica mais visível a relação entre estas duas "grandezas" incompatíveis.

    Utilizando os números do próprio estudo, o consumo de um mês do consumidor britânico é, em média, de 483 itens comprados. Nas sacolas plásticas, o britânico carrega em média 5 itens, e nas sacolas de algodão, 10 itens (desconsiderando as frações). Para carregar os 483 itens mensais, seriam necessárias 96 sacolas plásticas. Com capacidade para 10 itens, seria preciso 48 sacolas de algodão... ou 48 viagens com a mesma sacola. Ou seja, seriam necessárias 96 sacolas plásticas

    descartáveis (desconsiderando reuso para compras), mas apenas 1 sacola retornável para realizar as compras do britânico durante o mês. Em uma conta rápida, em um ano, o britânico médio poderia usar uma única sacola de algodão ou 1152 sacolas plásticas! Se levarmos em conta que algumas compras são feitas por impulso e trazem apenas um item na sacola, o número de sacolas plásticas usadas poderia subir e muito.

    Além da desproporcionalidade entre a real freqüência de uso de cada alternativa, o estudo também simplifica o impacto global destes tipos de sacolas ao não considerar sua demanda total anual. Façamos mais algumas contas.

    Em 2008, falava-se em 1 trilhão de sacolas plásticas consumidas por ano no mundo. A produção do algodão significa 98% do potencial de impacto das sacolas retornáveis no aquecimento global, mas seria absurdo dizer que um maior consumo de sacolas retornáveis de tecido trará um aumento significativo da produção de algodão no mundo. Ainda que cada habitante do planeta tenha uma sacola de algodão nova, seriam, no máximo, 7 bilhões de sacolas, a serem utilizadas inúmeras vezes ao longo de muitos anos. Como comparar o impacto de 1 trilhão de sacolas plásticas/ano com o impacto de um consumo (hipotético e irreal) de 7 bilhões de sacolas de pano/muitos anos?

    O potencial de impacto no aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) do ciclo de vida de uma sacola de pano é realmente dez vezes maior que o GWP de uma sacola plástica, mas a demanda por sacolas retornáveis de algodão tende a se manter estável e muitíssimo inferior à demanda por sacolas plásticas.

    O estudo procura ser justo na comparação ao garantir a proporcionalidade em relação à capacidade de carregamento de compras de cada tipo de sacola, mas não pesou as características fundamentais e diametralmente opostas entre sacolas plásticas e sacolas de algodão: as primeiras são descartáveis, as segundas, reutilizáveis. Ainda que haja reuso das sacolas plásticas para compras - o que é muito raro - estará limitado a duas ou três viagens, especialmente no Brasil, onde

    muitas sacolas ainda são produzidas com espessura abaixo da norma técnica. A cada compra, o consumidor usará novas sacolas plásticas (cuja produção contribuirá para o aquecimento global), enquanto uma sacola de algodão - que pode, inclusive, ser produzida a partir de tecido usado - poderá ser utilizada inúmeras vezes antes de ser necessário que se compre outra.

    O relatório traz outras conclusões interessantes, que também deveriam despertar interesse da mídia e daqueles que debatem o uso de sacolas plásticas. Duas, em especial, reforçam nosso ponto de vista quanto à necessidade de consumir de forma consciente: (1) o impacto ambiental de todos os tipos de sacolas se dá principalmente pelo consumo de recursos naturais e nos estágios de produção, e (2) qualquer que seja o tipo de sacola usado, a chave para reduzir seus impactos é a reutilização quantas vezes for possível - no caso das sacolas plásticas, quando o reuso para compras não for viável, outro reuso será sempre benéfico (como o uso como sacos de lixo, por exemplo).

    O estudo realizou análises segundo parâmetros certificados, mas aplicou premissas pouco coerentes, permitindo um olhar estreito sobre a relação entre as alternativas disponíveis ao consumidor para acondicionamento de suas compras. Como vimos falando durante toda a campanha Saco é um Saco, o consumo excessivo de sacolas plásticas é o vilão ambiental, não o item em si. O consumo consciente de sacolas plásticas - recusar quando possível, reduzir o consumo, reutilizar aquelas que aceitou - é o objetivo. Para reduzir o consumo de sacolinhas, uma das melhores opções continua sendo a sacola retornável, seja do material que for, pois promove também a mentalidade da não descartabilidade. Hoje, olhamos para tudo que nos cerca como coisas descartáveis. A manutenção de nossa qualidade de vida - uma boa tradução para o termo "sustentabilidade" - exige, no entanto, que demandemos menos recursos ambientais para fabricação de novos produtos. Ou seja, devemos prestigiar aquilo que é durável.

    O estudo é tão controverso que a Environmental Agency recebeu um questionamento legal que a levou a tirar o relatório - Report on the Life Cycle Assessment of Carrier Bags - de seu site até que se resolva a consulta. A nota pode ser vista no site http://www.environment-agency.gov.uk/research/library/publications/129364.aspx[1].

    Discutir sobre benefícios das sacolas plásticas é algo ultrapassado. Há trinta anos, a sacolinha plástica foi sim sinônimo de modernidade e comodidade - hoje, é sinônimo de poluição e falta de consciência ecológica. Os tempos mudaram, e as sacolinhas precisam se adaptar a essa nova realidade.

    Fernanda Altoé Daltro Gerente de Produção e Consumo Sustentáveis do Ministério do Meio Ambiente

    Fonte: http://www.oc.org.br/index.php?page=Noticia&id=208492

    Sacola plástica é o tipo mais sustentável, diz estudo

    Agência Ambiental da Inglaterra defende que o uso múltiplo e a economia de matéria-prima favorecem o produto

    As sacolinhas plásticas de supermercado causam menos danos ambientais que outros modelos, quando a comparação leva em conta o uso da sacola uma única vez, defende um estudo da Agência Ambiental da Inglaterra. A pesquisa do órgão governamental inglês explica que sacolas de papel, plástico resistente (polipropileno) e algodão consomem mais matéria-prima e energia para sua fabricação. Por isso, teriam que ser reutilizadas 3, 11 ou 131 vezes, respectivamente, para causar menos danos ambientais que uma sacola plástica usada apenas uma vez.

    O estudo divulgado em fevereiro no Reino Unido analisa, especificamente, o potencial de aquecimento global dos diferentes modelos de sacolas. Para isso, os pesquisadores Chris Edwards e Jonna Meyhoff Fry acompanharam o ciclo de vida (extração de matéria-prima, manufatura, distribuição, uso, reuso e descarte) de cada modelo. Em cada uma das etapas do ciclo de vida, foi contabilizada a quantidade de gases causadores do efeito estufa emitidos pelo consumo de energia na fabricação e no transporte das mercadorias, além dos desperdícios de materiais durante o processo.

    A partir desse acompanhamento, os pesquisadores verificaram que, em seu ciclo de vida completo, uma sacola plástica comum emite 1,5 kg de gás carbônico e outros gases que contribuem para o aquecimento global. O dado já considera que 40% desse tipo de sacola são reutilizados com frequência pelos ingleses para acondicionar o lixo em casa. Já o ciclo de vida das outras sacolas têm um impacto bem maior: papel (5,53 kg), plástico resistente (21,5 kg) e algodão (271,5 kg). Isso é o que explica a necessidade de tantos reúsos para neutralizar a fabricação desses modelos, de acordo com a pesquisa.

    Outro ponto importante foi a constatação de que, na Inglaterra, o uso de matérias-primas e a fabricação das sacolas concentram em média 70% dessas emissões de carbono. A partir desses dados, o estudo conclui ainda que sacolas que foram feitas para durar mais - como as de plástico mais resistente ou as de algodão - também exigem mais recursos para sua fabricação. Portanto, se não forem reutilizadas devidamente, o potencial de aquecimento global pode ser pior que o das sacolas plásticas.

    Reações no Brasil

    O presidente do Instituto Akatu de Consumo Consciente, Hélio Matar, afirmou que, apesar desses resultados, as sacolas plásticas não são a opção mais sustentável. Segundo ele, é preciso ponderar os dados da pesquisa. Ele lembrou que os estudos foram realizados na Inglaterra, onde a matriz energética baseada em combustíveis fósseis torna a atividade industrial - e a fabricação de qualquer tipo de sacola - muito mais poluente. "No Brasil, o resultado certamente seria diferente", disse, ao lembrar que o País tem uma matriz energética limpa, baseada em hidrelétricas.

    Para Cláudio José Jorge, presidente da Fundação Verde (Funverde), a pesquisa também destoa da realidade no Brasil por outro motivo: a sacola de algodão costuma ser maior que a sacola plástica convencional e comporta praticamente o dobro de itens. "Uma sacola retornável substitui mais de uma sacolinha plástica e carrega mais itens no supermercado ou na feira. Isso ajuda a neutralizar o impacto da fabricação", defende.

    Hélio Matar acrescentou que as sacolas plásticas também são responsáveis por outros danos ambientais não contabilizados pela pesquisa, cujo foco foi o aquecimento global. "O volume de sacolas descartadas no Brasil é gigante, em torno de 150 bilhões de unidades por ano", disse. Segundo Matar, isso cria problemas como entupimento de bueiros e enchentes nas cidades, além de sobrecarregar aterros sanitários. "Em um País com recursos financeiros limitados como o nosso, isso representa uma dificuldade a mais para a administração pública", afirmou.

    Já Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade ligada ao setor produtivo do plástico no Brasil e divulgador da pesquisa no País, tem opinião contrária. "Os questionamentos no Brasil não têm levado em conta as questões técnicas e ambientais. Se a sacola plástica teve o melhor desempenho na pesquisa, por que proibir o produto?", argumenta. Bahiense ainda sugere que, em vez de coibir as sacolas plásticas, como tem ocorrido em algumas cidades, é preciso conscientizar a população. Ele defende a necessidade de ensinar os cidadãos a diminuir o consumo de sacolas, reaproveitá-las ao máximo e encaminhá-las para reciclagem sempre que possível.

    Comércio de Belo Horizonte dá fim às sacolinhas plásticas

    Edição do dia 18/04/2011

    O comerciante que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil, valor que dobra em caso de reincidência. Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu mais de 130 milhões de sacolinhas.

    Começou a vigorar nesta segunda-feira (18), em Belo Horizonte, a lei da sacolinha, que incentiva os consumidores a levar sua própria sacola ao supermercado.

    Muitos consumidores tiveram trabalho pra levar as compras sem as tradicionais sacolinhas plásticas.

    “Bom, nós sabiamos que não ia ter sacola, mas é impossível você trazer sacola pra tanta coisa”, diz a dona de casa Fátima Ribeiro.

    “Hoje você me pegou em flagrante, mas eu não vou usar mais sacolinha de plástico”, conta outra mulher.

    O comerciante de Belo Horizonte que usar sacolas plásticas pode ser multado em R$ 1 mil e o valor dobra em caso de reincidência.

    Um supermercado ofereceu três opções para os clientes levarem as compras pra casa: caixas de papelão; sacolinhas biodegradáveis, ao custo de R$ 0,19 cada uma; e as sacolas retornáveis, um pouco maiores, que custam R$ 2.

    “Antigamente a gente usava esse tipo de sacola. Porque hoje não? Nós estamos muito mal acostumados”, diz uma consumidora.

    Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um acordo entre a prefeitura e os supermercados aboliu as sacolinhas. Mais de 130 milhões foram retiradas de circulação.

    O professor do Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Roberto Freitas defende que, ao invés de proibir o uso das sacolinhas, o mais importante seria conscientizar o consumidor sobre o descarte delas.

    “Eu não posso resolver uma questão ambiental simplesmente eliminando o uso de um material que é extremamente benéfico. O que eu tenho de fazer é dar o destino adequado para o material depois de utilizado, como uma sacolinha reciclada. Ela era virgem no início, feita de um material polimérico virgem e, depois de utilizada, passou por um reprocessamento e se transformou em uma sacolinha reciclada”, explica Roberto Freitas.

    Apesar do trabalho a mais, muitos consumidores ficaram sabendo que sacolinha de plástico prejudica a natureza, porque leva entre 100 e 500 anos pra se decompor.
    “Para o meio ambiente, é muito bom. E para todos nós”, diz um homem.

    Estado de Minas - Gerais: Lei que proíbe uso de sacolas plásticas entra em vigor em BH cercada de dúvidas

    Flávia Ayer - Publicação: 18/04/2011 06:05 Atualização: 18/04/2011 06:50

    As sacolas plásticas entram, a partir desta segunda-feira, para a lista de produtos ilícitos em Belo Horizonte. Começa a valer, nesta segunda-feira, a Lei 9.529/2008, que determina a substituição dos modelos convencionais, à base de petróleo, pelos feitos de material biodegradável ou retornável. A medida promete mudar radicalmente os hábitos dos 2,3 milhões de moradores da capital e levanta uma pergunta que não quer calar: será que ela vai pegar? A dúvida se justifica por um gordo histórico de leis adormecidas no papel. Minas Gerais, se consideradas somente as normas estaduais, ganhou 660 novas regras apenas no período entre 2007 e 2010, que se somaram às mais de 12 mil já existentes.

    Grande parte desse calhamaço de leis certamente passa em branco na vida da população, outra parcela é conhecida mas ignorada e um pequeno número cumprido à risca. Pisar em cocô de cachorro na rua desperta ódio em qualquer mortal, ainda mais ao saber que, além de ato de cidadania, recolher as fezes do animal é lei que não decolou na capital mineira. Os donos de cães em BH figuram também entre os que ignoram a norma que obriga o uso de focinheiras e coleiras pelos bichos de estimação, como é possível comprovar num passeio em pistas de cooper e parques da cidade. As letras da lei também ainda não foram capazes de equilibrar o conflito entre barulho e sossego em BH.

    Mas, desrespeito total às regras é o que ocorre nas agências bancárias: 15 minutos é o tempo máximo determinado na capital para o atendimento ao cliente nas filas de bancos. Por outro lado, em meio à pilha de deveres e obrigações de um mundo do papel, há normas totalmente incorporadas ao dia a dia do cidadão. A saúde falou mais alto e o fumo saiu de vez dos ambientes coletivos públicos e privados. A batalha contra a obesidade também conseguiu transformar cardápio das cantinas dos colégios e a lei da merenda saudável barrou coxinhas, refrigerantes e balas dos lanches de estudantes mineiros. Motoristas usufruem, no Faixa Azul, do tempo adicional de 30 minutos acrescentados por lei em BH.

    Resta saber agora em qual time a proibição das sacolas plásticas vai entrar. O secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, à frente da pasta que regulará a matéria, está confiante: “Essa lei já pegou. A população comprou a ideia e está imbuída da responsabilidade de transformar a cidade em exemplo para o mundo.” Ele promete que a determinação não vai empacar na falta de fiscais. “Estamos agregando essa competência à rotina dos fiscais de meio ambiente e aos de posturas das nove regionais. A multa inicial é de R$ 1 mil e a reincidência, de R$ 2 mil. Se houver persistência, o alvará de funcionamento e localização do empreendimento pode ser cassado”, ressalta.

    Divergências

    Se depender do aposentado Vander Cruz, de 65 anos, as sacolas plásticas não terão mais vez. Há cerca de três meses ele adotou e aprovou o modelo ecológico, de pano. “É melhor, porque evita que carreguemos muitas sacolas”, diz, durante compras no sacolão, no Bairro Nova Floresta, na Região Nordeste da capital. O gerente do estabelecimento, Eli Fernandes, também está preparado para as mudanças. “A partir de segunda vamos ter bacias para pesar as frutas, como era feito antigamente”, conta. O advogado Alcides Teixeira, de 66, vê problemas na nova norma. “O consumidor vai ter que pagar pela sacola plástica”, afirma, certo de que a lei só será cumprida com “mão pesada sobre comerciante”.

    Para o presidente do Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, que batalha pelo descarte responsável do produto, Miguel Bahiense, do ponto de vista ambiental a lei já nasce fadada ao fracasso. “Estudo inglês mostra que, na produção de sacolas de plástico comum é produzido menos gás carbônico do que na de alternativas. Pesquisa Ibope mostra que 75% dos consumidores preferem a sacola convencional e 100% deles a usam para acondicionar o lixo. A questão é garantir a qualidade das sacolas de plásticos e educar o consumidor a usar apenas o necessário”, afirma Bahiense. “Acredito que uma lei sai do papel quando tem embasamento técnico para isso e, nesse caso, a lei de BH não faz o menor sentido.”

    A partir desta segunda-feira, consumidores na capital mineira deverão buscar soluções alternativas para carregar compras. Carrinhos, sacolas de pano, TNT, sisal e caixas são algumas das opções. Esquecidos podem recorrer às sacolas biodegradáveis, ao valor de R$ 0,19 cada. Feita à base de amido, ela se decompõe em 180 dias, enquanto o modelo convencional demora 400 anos. A lei das sacolas plásticas foi sancionada em 2008 pelo prefeito Fernando Pimental e é originária de projeto do vereador Arnaldo Godoy (PT).

    LinkWithin

    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...